1ª SÉRIE DO E. M.
Aula 9 - As Grandes Navegações

As viagens ultramarinas europeias nos séculos XV a XVII em busca de um novo caminho para as índias, ou seja, novas rotas comerciais. As Índias eram importantes pois de lá vinham as especiarias, temperos e remédios (cravo, pimenta, noz-moscada, canela, açafrão e gengibre) e de artigos de luxo (tapetes, tecidos de seda, objetos de porcelana), que vinham do Oriente com um valor comercial altíssimo em toda a Europa por serem itens raros no ocidente até o momento.
O país pioneiro:
Portugal, devido a aliança entre a monarquia portuguesa absolutista com a burguesia comercial; Apoio da nobreza e da burguesia às atividades náuticas; Criação da Escola de Sagres; Construção das caravelas, naus e instrumentos de orientação náutica; Localização geográfica privilegiada de Portugal, com presença de litoral atlântico; Ausência de conflitos internos e externos; E o apoio da igreja católica.
O segundo país:
A Espanha: os espanhóis, após vencerem a Reconquista obtiveram fundos e optaram por outro caminho. O genovês Cristóvão Colombo pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico e acabaram descobrindo o novo mundo (América). Colombo não sabia do seu feito e chamou a ilha de Guanani de Índias Orientais (atual Bahamas), mais tarde, o navegador Américo Vespúcio descobriu que, tratava-se de uma nova terra e em sua homenagem a terra foi batizada como América.
As principais viagens e tratados entre Portugal e Espanha:
1487 - Bartolomeu Dias partiu de Lisboa, capital de Portugal, e chegou ao Cabo das Tormentas em 1488 tornando-se o primeiro navegador a contornar o continente africano.
1492 - Cristóvão Colombo buscando um caminho à oeste para as Índias partiu da Espanha e chegou na ilha de Guanani (Bahamas), depois confirmado como sendo a descoberta da América.
1493 - Foi criada a Bula Inter Coetera, com o aval do papa Alexandre VI, que afirmava que o Novo Mundo seria dividido entre Portugal e Espanha através de um meridiano que definia que entre as ilhas açores até 100 léguas a oeste todas as terras seriam portuguesas, sendo o restante de posse espanhola.
1494 - Foi assinado o Tratado de Tordesilhas que afirmou que todas as terras descobertas até o limite de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde seriam de domínio português, sendo as restantes de posse espanhola.
1498 - Vasco da Gama partindo de Portugal contornou a África e chegou às Índias.
1500 - Pedro Alvares Cabral, navegante português, tomou posse do
Brasil e chegou às Índias;
Os riscos das viagens
Durante o século XV, não se tinha certeza sobre o tamanho e a forma do planeta. Quase todos tinham receio das longas viagens marítimas, especialmente quando se navegava pelo oceano Atlântico, conhecido na época como "Mar Tenebroso". Além disso, fantasias e lendas criavam em clima de insegurança entre os marinheiros, cuja vida não era fácil nos navios. As acomodações nos navios eram imundas, rústicas e apertadas. Nas longas viagens, alguns marinheiros morriam de escorbuto, devido à escassez de legumes e verduras (fontes de vitamina C) na alimentação. Sobreviver a essas dificuldades era realmente uma façanha. Contudo, a possibilidade de enriquecimento fazia com que muitos participassem das grandes viagens, mesmo temendo os perigos do mar. O tempo e a experiência marítima mostraram que certos medos eram reais (tempestades, naufrágios, fome e sede) e outros eram imaginários (monstros marinhos e abismos, por exemplo).
Navegações inglesas, francesas e holandesas
Interessados também em descobrir novos caminhos para as Índias, franceses, ingleses e holandeses lançaram-se às navegações marítimas, concentrando-se no Atlântico Norte, após tentativas frustradas na América do sul pois espanhóis e portugueses já se dedicavam às rotas do Atlântico Sul. Embora nenhum novo caminho tenha sido encontrado pelos navegadores a serviço desses países, eles passaram a explorar e a ocupar parte da América do Norte, além de praticar a pirataria.
Inglaterra
1497: Giovanni Caboto atingiu a costa leste da América do Norte (hoje pertencente ao Canadá) e em 1577: Francis Drake empreendeu a 2-ª viagem de circum-navegação.
França
1524: Giovanni Verrazano explorou vasta região do litoral leste da América do Norte e 1534: Jacques Cartier explorou a região do atual Canadá, navegando pelo rio São Lourenço.
Holanda -
1609: Henry Hudson descobriu na área hoje correspondente aos EUA o rio que leva o seu nome (rio Hudson).
Aula 8 - O Estado Moderno

Aula 7 - O Renascimento Comercial e Urbano

O Renascimento
Podemos dividir a Idade Média, um período de dez
séculos em Alta Idade Média do século V ao século X com a desestruturação do Império Romano, a formação dos Reinos Bárbaros e Cristãos, o Surgimento do Islã
e do Feudalismo. A baixa Idade Média do século X ao século XV caracteriza-se
pela Crise Feudal, as Cruzadas e o Renascimento. Podemos
afirmar que o Renascimento ocorreu em quatro áreas: comercial, urbana, científica
e cultural.
O Comércio Medieval
A partir do século XI, diversas cidades europeias passaram a ser o entroncamento de rotas comerciais. Por esses caminhos passavam produtos de luxo originados do Oriente e o sal. Depois, também produtos de consumo geral, como cereais e madeira. Dessas rotas, a do Mediterrâneo ou italiana, antigo caminho das Cruzadas, logo se tornou a mais importante e lucrativa. Partia das cidades da península itálica como Gênova e Veneza e atingia o maior centro comercial do Mediterrâneo oriental: o Constantinopla. Essas cidades prosperaram muito, principalmente porque seus comerciantes praticamente conquistaram o monopólio sobre os produtos provenientes do Oriente, como sedas e especiarias (remédios e temperos).
Paralelamente, desde o século XII organizavam-se no norte da Europa as hansas, ou associações de mercadores. Na Inglaterra, destacava-se a Merchants of the Staple (Mercadores do Empório), associação que controlava a venda de lã (seu mais forte produto) e a importação de produtos oriundos da região flamenga (atualmente parte da Bélgica). A união de diversas hansas, no norte da atual Alemanha, deu origem à Liga Hanseática, que reuniu cidades comercialmente poderosas, como Hamburgo, Brêmen, Lübeck, Rostock, para atuar no controle de todo o comércio dos mares do Norte e Báltico.
Seus comerciantes traziam trigo e pescado, importantes para a população, que continuava a crescer, e madeiras, fundamentais para os empreendimentos de construção naval, além de outros produtos. Dessa forma, consolidavam-se dois polos comerciais na Europa da Baixa Idade Média: um italiano e outro germânico. A ligação desses dois polos se fazia por rotas terrestres que convergiam para as planícies de Champanhe, região no nordeste da França. Ali se realizavam grandes feiras medievais, nas quais os comerciantes do norte encontravam os do sul, constituindo centros de articulação do crescente comércio europeu. O desenvolvimento comercial e as transações financeiras tornaram necessária a utilização em larga escala de moedas, o que gerou a introdução de letras de câmbio e o desenvolvimento de atividades bancárias em geral. A terra deixou de ser a única fonte de riqueza e, nesse contexto, surgiu um novo grupo social, o dos mercadores (comerciantes).
O Florescimento Urbano
Ao longo das novas rotas comerciais, multiplicavam-se os burgos, isto é, as cidades. Eram, às vezes, antigas cidades romanas abandonadas, que foram reocupadas e voltavam a prosperar. Outras vezes, eram aglomerados que surgiam nas encruzilhadas de rotas comerciais terrestres, em regiões de feiras ou às margens de rios. Cercados de muralhas defensivas, os burgos tinham sua denominação derivada do germânico burgs para o latim burgus, que significa 'pequena fortaleza'. Havia também aglomerações formadas em torno de antigos castelos. Nesse caso, como se originavam em terras pertencentes a senhores feudais, que compunham a camada social dominante, ficavam submetidas a sua autoridade e, frequentemente, à cobrança de impostos.
Com a expansão do comércio e da vida urbana, os habitantes dos burgos começaram a buscar autonomia. Isso deu origem ao movimento comunal, que, entre os séculos XI e XIII, lutava pela emancipação dos burgos do domínio feudal. Um burgo podia obter sua independência de forma pacífica, quase sempre mediante pagamento de uma indenização ao nobre ou bispo local. Porém, no caso de resistência dos senhores feudais, era necessário apoio externo, comumente por meio da intervenção do rei, que ganhava cada vez mais força. A autonomia dos burgos era formalizada pelas Cartas de Franquia. Esses documentos estabeleciam isenção de pedágios, direitos senhoriais e outras obrigações, autorizavam seus habitantes, os "burgueses", a cobrar impostos e organizar tropas e concedia aos burgos independência administrativa e judiciária.
Aula 6 - As Cruzadas

As Cruzadas foram expedições militares organizadas entre os séculos XI e XIII, por autoridades da Igreja Católica e pelos nobres mais poderosos da Europa. Seu objetivo declarado era libertar os "lugares santos do cristianismo" que estavam em poder dos muçulmanos, como a região do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local de peregrinações dos cristãos. Foi no Santo Sepulcro, situado na parte antiga da cidade de Jerusalém, que, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo foi crucificado, sepultado e depois ressuscitou.
O surgimento das Cruzadas também costuma ser explicado por
outros motivos, como o hábito guerreiro dos nobres feudais e o interesse
econômico em conquistar cidades comerciais que haviam sido ocupadas pelos
muçulmanos. A primeira Cruzada foi organizada por nobres cristãos em 1096,
atendendo ao apelo do papa Urbano II, feito em 1095, no Concílio de Clermont,
para que se iniciasse uma guerra santa contra os muçulmanos. A empreitada
constituía uma mistura de guerra, peregrinação e penitência: os guerreiros
cruzados, conhecidos também como "peregrinos penitentes", acreditavam que seus
pecados seriam perdoados (indulgência) caso completassem a jornada e cumprissem a missão
divina de libertar locais sagrados, como a Igreja do Santo Sepulcro. Esses
cavaleiros e soldados tinham como símbolo a cruz, bordada no manto que usavam -
daí o nome com que ficaram conhecidos: cruzados. Do
ano 1096 a 1270, costuma-se destacar a organização de oito Cruzadas ao Oriente
Médio. Além dessas, houve outras expedições populares.

A primeira cruzada (1096-1099): O movimento foi instigado pelo papa Urbano II, que, no Concílio de Clermont (1095), pediu a ação de líderes cristãos para afastar o perigo muçulmano. Sem esperar uma segunda ordem, camponeses, religiosos e aventureiros partiram da França numa expedição improvisada que terminou em fracasso. Enquanto isso, a Cruzada "oficial", formada por quatro grupos seguindo rotas diferentes, chegou a Constantinopla, de onde marchou para Jerusalém, conquistada em julho de 1099.
A segunda cruzada (1147-1149): Conflitos constantes entre as várias colônias cristãs instaladas no Oriente levaram o papa Eugênio III a lançar uma nova Cruzada para restaurar a ordem na região. Mas mudanças políticas no mundo islâmico permitem ao príncipe Saladino (imagem abaixo), um de seus maiores líderes, unificar a Síria e o Egito sob domínio turco, reforçando sua posição militar. Em 1187, os muçulmanos retomaram Jerusalém e cerca de 16 000 cristãos foram vendidos como escravos.

A terceira cruzada (1189-1192): Com a Europa frustrada pela perda de Jerusalém, o papa Clemente III organiza a campanha para reconquistar a cidade. Vários ataques são lançados, sem sucesso. Em 1191, os reis cristãos que lideravam a expedição negociam um acordo com o inimigo: Jerusalém permanece sob domínio turco, mas os cristãos têm acesso ao Santo Sepulcro.
A quarta cruzada (1202-1204): Desde que se tornou papa, em 1198, Inocêncio III pregava uma nova Cruzada para recuperar Jerusalém. Mas a expedição que partiu de Veneza em 1202 tinha como objetivo principal atacar Constantinopla, que depois de aderir à Igreja Ortodoxa já não reconhecia a autoridade papal. Constantinopla foi ocupada e saqueada pelos cruzados em 1203. Mas eles foram expulsos da cidade no ano seguinte.
A quinta cruzada (1218-1221): Atacar o Egito era cogitado desde a Terceira Cruzada, para conquistar posições que pudessem ser barganhadas com os muçulmanos em troca da devolução de Jerusalém. Assim, a Quinta Cruzada concentrou-se em tomar o porto egípcio de Damietta, em 1219. Mas a falta de reforços obriga os cruzados a desocupar a cidade. E a missão fracassa.
A sexta cruzada (1228-1229): Em 1228, Frederico II, imperador da Alemanha, chegou à Terra Santa e, por casamento, tornou-se rei de Jerusalém, negociando a recuperação do controle sobre a cidade. Mas novos conflitos internos enfraqueceram os cruzados, que, em 1243, foram expulsos da região. No ano seguinte, os turcos voltaram a tomar Jerusalém.
A sétima cruzada (1248-1254): Liderada por Luís IX, rei da França, que, mais tarde, seria canonizado como São Luís, a expedição buscava retomar os ideais religiosos da Primeira Cruzada. Permaneceu quatro anos na Síria, mas sem sucesso. Em 1268, o sultão Baibars, que conseguira reunificar a Síria e o Egito, expulsou mais uma vez os cruzados da Terra Santa.

A oitava cruzada (1270-1291): Luís IX, preso pelos muçulmanos, foi libertado depois de pagar resgate e, em 1270, desembarcou em Cartago (Túnis). Ali, o sultão local prometeu converter-se e ajudar os franceses. Em vez disso, ele voltou-se contra os cristãos, que tiveram sua posição enfraquecida com a morte de Luís IX no mesmo ano. Em 1291, o reino franco deixa de existir no Oriente.
O guerreiro cruzado: Sua proteção era a cota de malha, vestimenta feita com pequenas argolas de metal encadeadas, que demorava cinco anos para ser confeccionada e pesava mais de 10 quilos, cobrindo o peito, as costas e os braços. O capacete tinha uma viseira removível. O escudo trazia a cruz, que também enfeitava o manto de tecido branco usado sobre a cota de malha. Sua principal arma era a espada, eventualmente empunhada com as duas mãos.

O guerreiro muçulmano: Sua cota de malha era mais leve que as dos cruzados, dando maior mobilidade. A cabeça era protegida por um capacete pequeno e sua espada - a famosa cimitarra - possuía lâmina curva, facilitando o manuseio a cavalo. Arqueiros de grande habilidade, disparavam flechas certeiras mesmo sobre montarias a galope. Outra arma característica era a maça, bloco de ferro com pontas aguçadas, preso a um cabo de madeira ou a uma corrente.

Cada Cruzada teve as próprias características e resultados. No entanto, alguns historiadores se arriscam a esboçar as seguintes consequências gerais do movimento das Cruzadas:
• Empobrecimento de senhores feudais, que tiveram suas economias arrasadas pelo elevado custo das guerras;
• Fortalecimento do poder real, à medida que senhores feudais perdiam sua força;
• "Reabertura", especialmente para os comerciantes italianos, do mar Mediterrâneo e consequente desenvolvimento do intercâmbio comercial entre Europa e Oriente;
• Ampliação do universo cultural europeu, promovida pelo contato com os povos orientais e sua cultura.
Essas consequências serão o embrião do Renascimento e da formação das Monarquias Europeias.
O cinema e a história:

AULA 5 - OS FRANCOS

Dinastia dos Reis Merovíngios

É assim denominada devido ao rei Meroveu, que foi líder do povo franco na primeira metade do século V. quando chefiou os francos na vitória contra os hunos. Em termos efetivos, o primeiro rei merovíngio foi Clovis (neto de Meroveu), que governou durante vinte nove anos (482-511). Clovis conseguiu promover a unificação dos francos, expandiu seus domínios territoriais e influenciado por sua esposa Clotilde converteu-se ao cristianismo católico. Depois da morte de Clovis, seus quatro filhos dividiram o reino franco, enfraquecendo-o politicamente. Somente com o rei Dagoberto (629-639) houve uma nova reunificação dos francos. Entretanto, após sua morte surgiram novas lutas internas que aceleraram o desmoronamento do poder dos reis merovíngios que viviam no ócio. No final do século VII, o mordomo do palácio, Pepino de Herstal (679-714) teve seu filho e sucessor, Carlos Martel (714-741), esse adquiriu grande prestigio e poder, principalmente depois de conseguir deter o avanço dos árabes muçulmanos em direção à Europa Ocidental na famosa Batalha de Poitiers, em 732. Carlos Martel ficou conhecido como o salvador da cristandade ocidental. Ao morrer, Carlos Martel repartiu seus domínios entre seus dois filhos: Carlomano e Pepino, o Breve. Em 747 Carlomano entrou para a vida monástica, deixando para Pepino todos os poderes políticos deixados pelo pai. Em 751, Pepino destronou o último e enfraquecido rei merovíngio, Childerico III, e fundou a dinastia carolíngia, que tem esse nome em homenagem ao seu pai Carlos Martel.
Dinastia dos Reis Carolíngios
Pepino, o Breve, obteve o reconhecimento do Papa Zacarias para o destronamento do último rei merovíngio, que se recolheu a um mosteiro. Eleito rei de todos os francos, Pepino foi abençoado solenemente pelo arcebispo Bonifácio, representante do papa. Antes de morrer, em 768, Pepino dividiu reino entre seus dois filhos: Carlos Magno e Carlomano. Porém, três anos após receber sua parte no reino (771), Carlomano morreu e Carlos Magno tornou-se soberano absoluto do reino franco. Através de diversas guerras, Carlos Magno ampliou os domínios dos francos, apoderando-se de regiões como a Saxônia, Baviera, Lombardia (regiões ao leste da atual Alemanha) e quase toda a Itália. Suas conquistas trouxeram-lhe prestígio e poder. Carlos Magno foi coroado imperador e assim surgiu o Império Carolíngio.
O Império Carolíngio

Sob o governo de Carlos Magno, os francos aliaram-se à Igreja católica. A Igreja desejava a proteção de um soberano poderoso e cristão que possibilitasse a expansão do cristianismo. Assim, no dia 25 de dezembro de 800, Carlos Magno recebeu do papa Leão III o título de o protetor da igreja de Roma e o sagrou como imperador do sacrossanto império germânico. Esse império não tinha capital fixa. Sua sede dependia do lugar onde se encontrava o imperador e sua corte. De modo geral, Carlos Magno permanecia por maior tempo na cidade de Aix-la-Chapelle. Procurando dar uma organização mais adequada aos usos e costumes vigentes no império, Carlos Magno baixou normas escritas conhecidas como capitulares. Ao morrer, em 814, Carlos Magno deixou o poder imperial para seu filho Luís I, o Piedoso. No reinado de Luís I, o Império Carolíngio ainda conseguiu manter sua unidade política, mas após sua morte, em 840, o império foi disputado por seus filhos, numa desgastante guerra civil. Pelo Tratado de Verdun, assinado em 843, os filhos de Luís I firmaram a paz, estabelecendo a seguinte divisão do Império Franco:
- Carlos II, o Calvo, ficou com a parte ocidental, compreendendo a região da Franca atual;

- Luís, o Germânico, ficou com a parte oriental, compreendendo a região da Alemanha atual;
- Lotário ficou com a parte central, compreendendo regiões que estendiam da Itália até o mar do Norte. Em cada uma dessas regiões carolíngias foi perdendo o poder, com as sucessivas divisões internas dos reinos. Assim, a unidade política realizada por Carlos Magno não conseguiu sobreviver um século depois de sua morte. O desmembramento do poder real dos monarcas carolíngios foi acompanhado pela crescente independência e autonomia da nobreza agrária feudal.
Atividade de fixação:
Neste documento, escrito em 796, o imperador Carlos Magno e o papa Leão III firmaram certos acordos: "Assim como fiz um pacto com o bem-aventurado predecessor [Adriano I] de vossa Santa Paternidade, desejo estabelecer com Vossa Santidade um pacto inviolável de fé e caridade [...]. O nosso dever é, com o auxílio da divina piedade, defender por toda a parte com as armas a Santa Igreja de Cristo, tanto das incursões dos pagãos como das devastações dos infiéis, e fortificá-la no exterior e no interior pela profissão da fé católica. É vosso dever, Santíssimo Padre, levantar as mãos para Deus, como Moisés, para auxiliar o nosso exército de maneira que, por vossa intercessão e pela vontade e graça de Deus, o povo cristão obtenha para sempre a vitória sobre os inimigos do Seu Santo nome, e o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo seja glorificado em todo o mundo". (MAGNO, Carlos. Epistulae ad Leonem III Papam. Apud. PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Ed. Unesp, 2000. p. 69-70).
Qual acordo ou pacto o imperador Carlos Magno estabeleceu com o papa por meio desse documento? Explique utilizando trechos do documento.
HQ - A história e o bom humor:

Aula 4 - As Partes do Feudo

Para organizar a exploração das terras no feudo, senhores feudais e servos utilizavam uma série de critérios organizacionais. Essas formas de organização facilitavam o controle sobre a rotina dos servos e a regulamentação das várias taxas impostas sobre a produção agrícola. De fato, sem o emprego desses critérios, a delimitação do uso das propriedades seria um tanto quando mais complicado. Geralmente, as terras eram dividas em três categorias elementares: o manso senhorial, o manso servil e o manso comunal.
Aula 3 - O Feudalismo

As origens do feudalismo remontam ao século III, quando o sistema escravista de produção no Império Romano entrou em crise. Diante da crise econômica e das invasões germânicas, muitos dos grandes senhores romanos abandonaram as cidades e foram morar nas suas propriedades no campo. Esses centros rurais, conhecidos por vilas romanas, deram origem aos feudos medievais. Muitos romanos menos ricos passaram a buscar proteção, trabalho e sustento nas terras desses grandes senhores feudais.
O Feudalismo foi uma organização
econômica, política e social baseada na posse dos bens,
principalmente terras, que predominou na Europa Ocidental durante a Idade
Média.
A Sociedade Feudal era chamada de sociedade estamental porque era composta por camadas sociais determinadas e não existia mobilidade social, ou seja, passar de um estamento social para outro era praticamente impossível. A sociedade feudal baseava-se na existência de três estamentos sociais: nobreza, clero e servos.


O clero era a classe social das pessoas que faziam parte da Igreja e se tornou a mais poderosa instituição feudal, pois era proprietária de vastas extensões de terras. Segundo ela, cada membro da sociedade tinha uma função a cumprir em sua passagem pela terra. A função do nobre era proteger militarmente a sociedade, a função do clero era rezar e a função do servo era trabalhar.
A nobreza ficava no meio da hierarquia social estava o rei, que concentrava pouco poder político, que era dividido entre ele e os demais nobres chamados de senhores feudais. A nobreza era proprietária de terras e exercia poder absoluto em seus domínios, aplicava as leis, concedia privilégios, administrava a justiça, declarava a guerra e fazia a paz.

Os servos eram camponeses e artesãos encarregados do trabalho na sociedade feudal fundamentado pela servidão, onde os trabalhadores estavam presos a terra e subordinados a uma série de obrigações desde impostos e serviços em troca da proteção dos seus senhores.
As condições de vida nos domínios feudais eram
rudes. Mesmo as camadas dos senhores não viviam luxuosamente.
A vida dos servos era miserável em todos os sentidos. Os servos e a maioria dos senhores não sabiam ler nem escrever. O clero era a única classe social que tinha fácil acesso ao estudo. Os servos ainda pagavam inúmeros impostos pelo uso das terras do senhor feudal:

Talha - Era uma obrigação pela qual o servo deveria passar, para o senhor feudal, metade de tudo que produzia nas terras que ocupava no feudo.
Corveia - Esta obrigação correspondia ao pagamento através de serviços prestados nas terras ou instalações do senhor feudal. De 3 a 4 dias por semana, o servo era obrigado a cumprir diversos trabalhos como, por exemplo, fazer a manutenção do castelo, construir um muro, limpar o fosso do castelo, limpar o moinho dentre outros serviços.
Banalidade - Esta obrigação correspondia ao pagamento pela utilização das instalações do castelo. Se o servo precisasse usar o moinho ou o forno, deveria pagar uma taxa em mercadoria para o senhor feudal.
Mão-morta - Era uma espécie de taxa que o servo devia pagar ao senhor feudal para permanecer no feudo quando o pai morria.
Tostão de Pedro ou Dízimo (10% da produção), que o servo devia pagar à Igreja de sua região.
A Economia Feudal era caracterizada pela produção autossuficiente, pois se destinava ao consumo local e não às trocas comerciais. As trocas quando o haviam eram feitas, na maioria das vezes com produtos, e não com moedas.
A Política Feudal estava restrita e monopolizada pelo senhor feudal. Era ele quem formava os exércitos particulares e construíam castelos fortificados, dentro e em torno do qual se desenvolvia a comunidade feudal, protegida por ele.
À medida que novos reinos foram se formando, os grandes proprietários rurais conquistaram mais autonomia. O rei lhe concedia diversas imunidades, como isenção fiscal e jurídica, o que acentuava o processo.
As terras: A propriedade rural era um feudo que abrigava o castelo fortificado, as aldeias, as terras para cultivo, os pastos e os bosques.
A divisão das terras era a seguinte: Manso Senhorial, onde se estabelecia os nobres, Manso Servil, onde se estabelecia os servos e Manso Comunal, geralmente bosques usados por todas as classes sociais.

Os feudos podiam se obtidos da seguinte forma:

- concessão do rei ou de um grande senhor feudal - para compensar os serviços de um nobre ou de um cavaleiro destacado e assim conseguir a vassalagem desta família; Assim, o rei ou o grande senhor feudal tornava-se o suserano que ao doar as terras ao vassalo recebia em troca a sua lealdade em uma cerimonia chamada investidura (imagem ao lado).
- casamentos - uma forma de garantir que os senhores feudais continuassem a ser fiéis entre si era casar os filhos, a fim de que a terra continuasse nas mãos da mesma família;
A Crise do Feudalismo: O feudalismo sofreu grandes transformações no século XI. Nesta época, o desenvolvimento do comércio e das cidades ampliaram as fontes de renda. Assim, as relações de produção passaram a ser baseadas no trabalho livre assalariado e houve o surgimento de novas camadas sociais, como a burguesia. O crescimento populacional foi um dos primeiros fatores responsáveis pelas mudanças no sistema feudal de produção. À medida que crescia a população, aumentava a necessidade de ampliar a área de produção e desenvolver novas técnicas agrícolas.
Muitos senhores feudais, pretendendo enriquecer com a comercialização do excedente produzido no feudo, aumentaram, por meio de força e opressão, a exploração dos servos. O excesso cometido pelos senhores feudais resultavam na fuga de servos de uma aldeia e em violentas revoltas camponesas.
O abandono dos feudos e as revoltas camponesas obrigaram a maioria dos senhores feudais a mudar seu comportamento em relação aos servos. Alguns deles arrendaram as terras, enquanto outros passaram a vender a liberdade aos servos ou a expulsá-los da terra, colocando em seu lugar trabalhadores assalariados.
O processo de mudança do sistema feudal pelo sistema capitalista foi lento e gradual, acentuando-se com o renascimento comercial.
HQ: Relações Sociais na Idade Média

Aula 2 - O Islã

O Símbolo do Islã
Além de representar soberania e dignidade, a lua crescente com a estrela é símbolo da renovação da vida e da natureza - numa referência ao calendário lunar, que rege a religião islâmica. A estrela indica, ainda, os cinco pilares da religião muçulmana: oração, caridade, fé, jejum e peregrinação.
O Islã é uma das três grandes religiões monoteístas do mundo ao lado do judaísmo e do cristianismo.
A península Arábica é uma
região desértica, com poucas áreas propícias ao povoamento permanente e seus
primeiros habitantes formavam as tribos nômades chamadas beduínos. No
século VI, haviam por volta de 300 tribos habitando essa região e suas
principais cidades eram Meca e Medina. Meca era importante pois, abriga até
hoje a Caaba, um santuário religioso que representava o politeísmo árabe pré-islamismo. As
caravanas de todas as tribos se dirigiam até Meca para a adoração dos diversos
deuses e isso fortalecia o comércio local.
Em uma tribo árabe: os coaxitas, nasceu Maomé (Mohamed, em árabe), um pastor e comerciante que desde a infância admirava as histórias do judaísmo e dos cristianismo. Aos 40 anos de idade, Maomé passou a difundir uma nova fé que misturava elementos do judaísmo e do cristianismo e pregava a existência de um único Deus (Alá). Seus ensinamentos foram reunidos em um livro sagrado chamado Corão ditado pelo arcanjo Gabriel em uma revelação sobrenatural: era o início do islamismo. Islã significa submissão à vontade de Deus e seus seguidores são chamados de muçulmanos, ou seja, crentes e assim, Maomé tornou-se o profeta e Alá.
Por condenar o culto politeísta em Caaba, Maomé e seus seguidores foram expulsos da tribo coaxita e fugiram para Medina. Essa fuga realizada no ano 622 recebeu o nome de Hégira e passou a ser o marco inicial do calendário muçulmano. Bem recebido em Medina pelos beduínos, Maomé logo formou um exército para conquistar Meca e pouco tempo depois, todos os povos árabes foram unidos pela fé no Islã. uma religião monoteísta, não messiânica, com a crença na vida pós-morte e de um paraíso materialista para os fiéis além da prática da expansão de sua fé entre os demais povos e submissão dos infiéis.
A Formação do Império Islâmico
Após a morte de Maomé em 632, dois grupos surgiram: Os sunitas que acreditam que os crentes devem escolher o seu líder com uma votação democrática e os xiitas que acreditam na liderança dos descendentes de Maomé. A expansão religiosa islâmica prosseguiu através do Jihad, palavra que significa dedicação e luta para alcançar a fé perfeita na consciência daqueles que a não conhecem. A palavra é interpretada no ocidente por Guerra Santa contra os inimigos do islã devido aos inúmeros atos de violência conhecidos como terrorismo. A partir da conquista de Meca a expansão islâmica continuou com o poder dos califas, líderes religiosos e políticos sucessores de Maomé. Primeiramente os muçulmanos dominaram o Império Bizantino e o Império Persa. Posteriormente os árabes dominaram o norte da África e chegaram até a Europa ao dominarem grande parte da península Ibérica mas, foram derrotados pela resistência dos reis católicos na chamada Guerra da Reconquista com o apoio dos Francos.
A cultura árabe ainda hoje influencia a nossa vida: As mesquitas são os centros religiosos das cidades islâmicas e o bazar é o mercado, local para comprar, vender e argumentar sobre os temas sociais e políticos da cidade. A poligamia é permitida no islã e normalmente as mulheres ficam em uma parte da casa chamada harém. Os árabes estudaram os filósofos gregos e desenvolveram várias ciências como a química, a física, a astronomia e a álgebra. Na literatura destaca-se a coleção de histórias As Mil e Uma Noites e nas artes desenvolveram o arabesco com a junção de várias formas geométricas.
Apesar
do fim gradual do Império Islâmico, ainda hoje muitas nações professam o
islamismo, sob o símbolo da lua crescente e da estrela, como o Egito e o Marrocos na África e
a Arábia Saudita, o Iraque e a Indonésia na Ásia.

Recentemente radicais islâmicos tentaram criar o Estado Islâmico (ISIS):

Retomadas:
Mapa Mental

Vídeo-aula:
Aula 1 - A Idade Média

A Idade Média, um período de mil anos: por volta de 476 a 1453 d.C.,é a segunda idade da história da humanidade e pode ser dividia em Alta Idade Média (seu apogeu) e Baixa Idade Média (declínio e fim).
A Idade Média iniciou-se com a queda de Roma e teve o seu fim com a queda de Constantinopla.
Idade Média: O Império Bizantino (Império Romano do Oriente)

O fim do Império Romano do Ocidente não afetou a sua parte oriental, chamada de Império Bizantino. No entanto os seus habitantes o chamavam apenas de Império Romano. O nome Império Bizantino foi dado pelos turcos por volta de mil anos mais tarde devido a cidade de Bizâncio.
A cidade de Constantinopla (antiga Bizâncio dos gregos e atual Istambul da Turquia), foi a capital do Império Bizantino e sempre praticou um comércio dinâmico e uma agricultura rentável unindo o oriente e ocidente. Por isso foi menos atingida pela crise escravagista quando o expansionismo romano entrou em declínio. Na ordem política e religiosa, a autoridade máxima era o imperador, o que lhe permitia controlar a igreja católica ortodoxa. Essa relação de dependência da igreja para com o Estado era denominada cesaropapismo,


O mais famoso imperador bizantino foi Justiniano (imagem ao lado), responsável pela reconquista temporária de grande parte do Império Romano do Ocidente (imagem acima), incluindo a cidade de Roma, além de compilar as leis romanas: o Corpo Direito Civil, uma revisão e atualização do Direito Romano que serviu de base para o Direito Civil de várias nações contemporâneas. No governo de Justiniano, o cristianismo foi usado para unir os povos sob seu domínio e foram construídas muitas catedrais, sendo a mais famosa delas a Catedral de Santa Sofia, um monumento arquitetônico no estilo bizantino, com mosaicos voltados para a expressão da fé cristã na cidade de Constantinopla. Sob o domínio turco a catedral foi transformada em mesquita e hoje abriga um museu (imagem a baixo).

No século V, o imperador Teodósio II determinou a construção de muralhas que estenderam-se por 7 km ao redor da cidade para protegê-la dos inimigos. Apesar de preservarem a administração e leis romanas, os bizantinos eram muito influenciados pela cultura helênica e comumente falavam o grego que foi oficializado em VII d. C. como a língua oficial do império no lugar do latim de Roma.
A religião católica cristã oriental possui características um pouco diferentes do catolicismo romano: devido ao cesaropapismo, os orientais não se submetiam a autoridade do papa instituído em Roma: Pelágio I, e cultuavam ícones representando os anjos, os santos, a Virgem Maria e o Cristo. Essa divergência desencadeou um violento movimento chamado Iconoclastia, decretado pelo Imperador Leão III, no século VIII que durou até o século IX e condenava os praticantes de idolatria com a destruição das imagens religiosas. Essa tensão terminou com a divisão da igreja em 1054, no chamado Cisma do Oriente. Surgiu assim a Igreja Católica Ortodoxa, com sede em Constantinopla e chefiada pelo imperador e a Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma e chefiada pelo papa (veja o vídeo abaixo).
Bizâncio
passou por duas graves crises: em 1204, caiu para os cavaleiros católicos
durante a II Cruzada convocada pelo papa Urbano II e no século XIV,
a peste bubônica dizimou metade de sua população. Porém, o pior veio em
1451, quando o sultão otomano Maomé II,
iniciou um programa bélico para conquistar Constantinopla, governada por Constantino XI, seu último
imperador. A resistência bizantina foi grande, mas a queda veio em 26 de maio
de 1453. Constantinopla tornou-se Istambul, a nova capital do Islã. Temerosos
pelo que aconteceria no futuro, muitos cristãos partiram para a península
itálica levando consigo a cultura oriental. O domínio islâmico na região durou
até a I Guerra Mundial, quando o Império Turco-Otomano foi desfeito.
Retomada do conteúdo: O Império Bizantino
3º bimestre
Opção 1 - imprima e cole as questões no caderno, após responda os exercícios propostos.
Opção 2 - Copie as questões e responda no seu caderno.
Observação: Os exercícios devem estar prontos para a correção no dia 07/08/2019.
Exercícios Sobre a Roma Antiga
- Sua localização geográfica;
- Explique com suas palavras a origem mitológica;
- Explique com suas palavras a origem histórica;
- Qual o ponto convergente entre a origem histórica e a origem mitológica?
2) "A história política de Roma está dividida em três períodos: Monarquia ou Realeza (753-509 a.C.), República (509-27 a.C.) e Império (27 a.C.-476 d.C.). Cada período da história romana possui características próprias, que demonstram a evolução socioeconômica e política dessa sociedade". De acordo com o excerto podemos afirmar que a história da Roma antiga está dividida nos seguintes períodos políticos:
a) Monarquia, Realeza, República e Império. b) evolução socioeconômica e política.
c) 753-509 a.C., 509-27 a.C. e 27 a.C.-476 d.C. d) Monarquia, República e Império.
3) Defina a palavra monarquia e escreva quais eram os poderes e funções exercidos pelo rei durante a monarquia romana.
4) Faça uma pirâmide social com os nomes e características das classes sociais no período da monarquia romana.
5) Defina a palavra república e faça uma pirâmide política da república romana. Pinte de cores diferentes os cargos exercidos pelos patrícios do cargo exercido pelos plebeus.
7) Como na Grécia, em Roma o exercício de cidadania estava ligado com a capacidade exercer direitos políticos e civis. Os cidadãos tinham o Direito: a ser sujeito de Direito privado; ao acesso aos cargos públicos e às magistraturas; à participação das assembleias políticas; e às vantagens fiscais. Para ser cidadão era necessário ser um homem, livre, inicialmente somente da classe dos patrícios e posteriormente o direito foi estendido aos plebeus. De acordo com as afirmações do texto podemos afirmar que:
a) As mulheres, as crianças, os estrangeiros e os escravos não possuíam direitos políticos por não serem considerados cidadãos.
b) A cidadania grega tinha características peculiares e, portanto, diferia-se da cidadania romana.
c) Na história de Roma, somente os patrícios foram cidadãos.
d) somente mulheres e crianças não eram cidadãos no período da Roma antiga.
8) Em seu projeto expansionista os romanos primeiramente unificaram a península itálica. Uma consequência desta unificação foi o consenso do latim tornar-se a língua oficial dos povos itálicos. Responda se a afirmação está correta e em que período político de Roma isto aconteceu?
9) Sobre as Guerras Púnicas podemos afirmar que:
a) Foram disputas territoriais na África pela região dominada pelos Fenícios.
b) Foram disputas pela hegemonia comercial do mediterrâneo entre Roma e Cartago.
c) Foram disputas pela hegemonia comercial do mediterrâneo entre Roma e Fenícia.
d) Foram disputas territoriais na Europa pela região dominada pelos Gregos.
11) O primeiro Triunvirato foi um sinal inequívoco da crise vivida pela República romana. Apenas três homens, Pompeu, César e Crasso, acumularam quase todos os títulos e cargos importantes. O fim dessa aliança, marcado pela morte de Crasso em 53 a.C., representou imediatamente:
a) o aumento da rivalidade entre os dois sobreviventes, César e Pompeu, que resultou em uma violenta guerra civil com a vitória de César.
b) o enfraquecimento da influência de César, com o fracasso de sua campanha militar na Gália.
c) o assassinato de César por membros da aristocracia romana dentro do próprio senado.
d) a formação de um novo triunvirato, constituído por Otávio, Marco Antônio e Lépido.
12) Um triunvirato ou troika é uma associação política entre três homens em pé de igualdade. A palavra triunvirato originou-se a partir de dois radicais do latim: trium (três) e vir (homem). Ao longo da história ocorreram vários triunviratos, todos eles de pouca duração. Na história de Roma existiram dois triunviratos. O segundo Triunvirato se formou após a morte de Júlio Cesar no senado romano. Os três líderes militares populares deste novo triunvirato foram:
a) Pompeu, Crasso e Júlio César b) Júlio Cesar, Carlos e Pompeu
c) Marco Licínio, Pompeu e Crasso d) Marco Antônio, Otávio e Lépido
13) Durante o auto império, época do apogeu do império romano, o imperador Otavio Augusto, também conhecido pelo titulo de Cesar Augusto, governou com base em duas importantes políticas publicas. A partir do texto defina:
a) a burocratização.
b) o pão e circo.
14) Explique os três principais motivos da queda de Roma?
15) Pesquise o significado da palavra bárbaro para os romanos?
16) Como foi o marco final da Idade Antiga: a queda da cidade de Roma?
17) Pesquise e desenhe um mapa demonstrando o apogeu do império romano: desde a Britânia até o Egito e a Mesopotâmia.

Aulas 12 e 13 - Roma Antiga

Para facilitar os nossos estudos sobre a história da antiga Roma vamos separá-la em quatro partes:
- A Origem de Roma;
E seus três grandes momentos políticos:
- A Monarquia;
- A República;
- O Império Romano.
A Origem de Roma

A Origem de Roma
Quando falamos na
origem de Roma, cidade localizada na península Itálica, região do Lácio, nas
terras férteis às margens do rio Tibre, podemos recorrer a duas versões que
procuram explicar o seu surgimento. Existe a versão histórica e a versão
mitológica.

Segundo a versão mitológica encontrada no poema Eneida de Virgílio, Numitor, o rei da cidade de Alba Longa, foi expulso do trono por seu irmão Amúlio. Enquanto isso, Reia Silvia, filha de Numitor, engravidou do deus Marte e gerou dois irmãos gêmeos: Rômulo e Remo. Furioso, Amúlio ordenou que as crianças fossem jogadas no rio Tibre. As crianças foram carregadas pela correnteza do rio em um cesto, mas acabaram retidas nas suas margens no monte palatino, onde foram encontradas por uma loba chamada Lupa. Lupa os amamentou até serem encontrados por um pastor que os criou. Já adultos, os irmãos descobriram sua origem, mataram o rei Amúlio e devolveram o trono de Roma a seu avô Numitor. Os irmãos decidiram fundar uma nova cidade no local onde foram encontrados: o monte Palatino: Roma, mas por uma disputa de limites territoriais Rômulo matou Remo e tornou-se o primeiro dos sete reis romanos. Segundo a versão histórica, os primeiros povos a fixarem-se na região do Lácio foram os sabinos e os latinos no século X a.C., mas o desenvolvimento agrícola atraiu os etruscos, povo que habitava o norte da península itálica e que dominaram a região a partir do séc. VIII a.C. (veja imagem a cima). Da miscigenação destes povos surgiram as vilas que foram unificadas sob o poder do rei Rômulo dando origem à cidade de Roma. Ao norte havia os povos Gauleses e ao sul havia a Magna Grécia, uma apoikia (colônia compostas por cidades independentes), de origem grega. A história dos romanos foi dívida em três grandes momentos: A Monarquia, a República e o Império.
A Monarquia Romana

Roma surgiu como uma monarquia, onde o rei era o governador que detinha o poder sobre o exército e a justiça, além de exercer a função de sacerdote sob a inspeção do Senado que era composto pelos patrícios. Os quatro primeiros reis Rômulo, Numa Pompíliio, Túlio Hostílio e Anco Márcio eram latinos ou sabinos. Já Tarquínio, o Velho; Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo eram etruscos governando uma sociedade basicamente agrícola. A sociedade Romana era formada pelos patrícios, grandes proprietários de terras com antepassados fundadores de Roma que possuíam direitos políticos e religiosos. Os plebeus eram homens livres e pobres que inicialmente não tinham direitos políticos e os clientes trabalhavam para os patrícios. Já os escravos por dívidas ou guerras eram pouco numerosos no período monárquico sendo considerados simples instrumentos uteis ao trabalho. O fim do período Monárquico se deu devido a arrogância de Tarquínio, o Soberbo que foi deposto pela insurreição dos patrícios que tomaram o poder que passou a ser representado pelo Senado dando origem ao período da República.
Veja abaixo os períodos de cada rei da cidade de Roma, durante o período da monárquia:


A República Romana
O governo passou a ser exercido anualmente pelos magistrados: Dois cônsules que dirigiam o estado, dois pretores que aplicavam a justiça, quatro edis que administravam Roma e vinte questores que lidavam com as finanças, ou seja, na prática o Senado formado por trezentos patrícios eleitos a cada cinco anos administrava, legislava, cuidava das finanças e declarava guerra ou paz. Revoltados por não participarem da vida política de Roma os plebeus passaram a se organizar e a serem uma constante ameaça de guerra civil. Por fim retiram-se de Roma obrigando os patrícios a cederem com a criação do cargo de Tribuno da Plebe onde dez homens dentre os plebeus eram eleitos anualmente e possuíam o direito de opor-se as decisões dos magistrados. As assembleias dos patrícios elegiam os magistrados e as assembleias dos plebeus elegiam os tribunos da plebe e estes eram os cidadãos. Já as mulheres, crianças, estrangeiros e escravos não possuíam direitos políticos por não serem considerados cidadãos.

O expansionismo romano contou com a política de alianças e enfrentamentos militares entre os séculos V a.C. e III a. C. que unificou a península itálica tornando o latim a língua oficial dos povos itálicos. Unidos sob a bandeira de Roma os itálicos passaram a disputar a hegemonia comercial do mediterrâneo, nas chamadas Guerras Púnicas contra Cartago fundada pelos Fenícios no norte da África. Após a destruição de Cartago os romanos conquistaram toda a bacia do Mediterrâneo desde a Hispânia até a Ásia Menor incluindo a Sicília, a Grécia, e a Macedônia na Europa e Cartago no Norte da África. A expansão provocou profundas transformações: O Senado passou a administrar um vasto império e Roma tornou-se sua Capital. Os patrícios continuaram sendo os maiores proprietários de terras e devido ao aumento da oferta de produtos os plebeus foram obrigados a deixarem o campo e passaram a ser mão de obra barata nas cidades. Milhares de escravos chegavam das novas conquistas consolidando uma economia escravagista e surgiu uma nova classe de negociantes enriquecidos chamados de homens-novos. Em meio a um período de crise social e luta por direitos entre as classes sociais, os generais que voltavam como heróis de guerras passaram a representar uma tentativa de restabelecer a ordem através da força até que em 73 a.C. houve uma gigantesca rebelião de escravos liderados pelo gladiador Espartaco, na chamada Guerra dos Gladiadores que conseguiram várias vitórias sobre os romanos até serem controlados na Terceira Guerra Servil. O nome gladiador tem origem na sua principal arma, o gládio (imagem a baixo), uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60 cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo. Diz-se que era capaz de perfurar a maior parte das armaduras.

As constantes disputas pelo poder resultaram nos triunviratos, ou seja, governo composto por três políticos-militares. O Primeiro Triunvirato foi composto pelos generais Júlio Cesar, Pompeu e Crasso. Crasso cometeu um erro em batalha e após sua morte houve uma disputa entre Júlio César e Pompeu pelo poder. Após a vitória de Júlio Cesar que foi nomeado ditador vitalício, o mesmo foi assassinado em pleno Senado em 44 a.C. O Segundo Triunvirato, foi formado por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Otávio deu continuidade ao sonho de seu tio Júlio Cesar em ser o governante de Roma e após derrotar seus rivais recebeu do Senado os títulos de primeiro cidadão, imperador e augusto. Era o fim da República e o início do famoso Império Romano.


O Império Romano (O Maior Império da Antiguidade)
O Império Romano pode ser melhor compreendido em duas fases distintas: Alto Império e o Baixo Império.
O Alto império
Nesta fase do império ocorreu a centralização do poder nas mãos do imperador e a diminuição do poder do Senado pois, o imperador passou a ser cultuado como um deus, como indica o título Augusto que passou a compor o nome do primeiro imperador: Otávio Augusto. Otávio favoreceu a burocratização, um sistema hierárquico de poder administrativo censitário que mantinha os privilégios dos patrícios como também favorecias os comerciantes enriquecidos com a expansão territorial chamados de homens novos, Otávio praticou ainda a política do pão e circo, onde promoveu a doação de trigo e patrocinou os jogos entre os gladiadores, guerreiros escravizados, e as feras selvagens para o povo romano. Otávio Augusto continuou com o expansionismo romano, manteve o trabalho escravo como a base da economia, ampliou o comércio entre as províncias construindo estradas, pontes e aquedutos. O ministro Caio Mecenas apoiou financeiramente a artistas e escritores como Virgílio, Horácio e Ovídio, dando origem ao mecenato. A partir das medidas adotadas por Otávio Augusto, o império passou a desfrutar de um período de paz, conhecido como Pax Romana (a paz romana), devido as brigas pelo poder, golpes políticos, conspirações, assassinatos e rebeliões de escravos que foram parte do turbulento final da República Romana. Por meio da sua Pax Romana, o império procurava levar o seu modo de vida, seus valores culturais e suas grandes obras como estradas e aquedutos para as regiões que controlava usando principalmente suas legiões. Em casos de rebeliões, por exemplo, os soldados estavam posicionadas para reaver controle e punir rigorosamente todos aqueles que colocavam em risco a "paz". Por esses mecanismos, Roma garantia o controle sobre os povos conquistados e mantinha a produtividade nessas regiões, tão importante para o abastecimento do Império.
Com a morte de Otávio Augusto, Tibério César teve um governo na época da morte de Jesus Cristo marcado pela imoralidade e a corrupção, Calígula foi um déspota e Claudio foi envenenado pela própria esposa. Nero foi acusado de atear fogo em Roma e culpar os cristãos que passaram a ser queimados vivos em postes ou jogados aos leões como espetáculo público (imagem a baixo).

Após violentas disputas pelo poder houve a dinastia dos Flávios e dos Antoninos, onde destacaram-se os imperadores Trajano que retomou a expansão territorial e Marco Aurélio, conhecido como o imperador filósofo.
O Baixo Império
A partir do século III d. C. Roma entrou em crise pois, devido ao tamanho do império e a pressão de povos dominados e vizinhos tornou-se mais importante manter os domínios já conquistados do que expandir as suas fronteiras. Sem novas conquistas não havia a captura de novos escravos e a crise econômica passou a ser inevitável. Paralelamente, crescia dentro do império o cristianismo, uma religião que surgira no tempo de Otávio Augusto e que afirma que todo aquele que cresse na obra de Jesus Cristo, que morreu e pagou os pecados da humanidade seria salvo da condenação infernal e viveria para sempre no paraíso, ao lado de Deus. A nova religião passou a ter caráter subversivo pois era contrária a violência e rejeitava a autoridade divina do imperador enfraquecendo o seu poder a cada passo que se expandia.
O imperador Dioclesiano tentou controlar a crise econômica fixando os preços das mercadorias e dos salários, mas não conseguiu sucesso. O imperador Constantino aprovou o Edito de Milão concedendo liberdade de culto aos cristãos dentro do império e criou uma segunda capital chamada de Constantinopla, antiga Bizâncio, em sua homenagem na atual Turquia, região da Ásia. Já o imperador Teodósio transformou o Cristianismo na religião oficial do império com o Edito de Tessalônica e dividiu o império em dois: Império Romano do Ocidente com sede em Roma e Império Romano do Oriente com sede em Constantinopla.

Os Povos Bárbaros
No governo de Teodósio agravou-se um terceiro problema no império romano: o aumento da invasão dos povos bárbaros, termo que denomina os povos que viviam além das fronteiras romanas e não falavam o latim. Os principais grupos eram os Tártaros-mongóis (hunos, turcos, búlgaros e húngaros); Os Eslavos (russos, poloneses, tchecos e sérvios); Os Germanos (visigodos, ostrogodos, hérulos, anglos, saxões, francos, lombardos e vândalos). Em 476 d. C., os hérulos liderados pelo rei Odoacro invadiram e saquearam a cidade de Roma, derrubaram o último imperador Rômulo Augusto e puseram fim ao Império Romano do Ocidente e à Idade Antiga da história.


O fabuloso Império Romano em seu apogeu chegou a dominar grande parte do mundo antigo (Europa, Ásia e África) desde a Britânia até o Egito e a Mesopotâmia, tornando-se o maior império do Mundo Antigo (veja o mapa do mundo antigo a baixo).

A cultura romana foi herdada basicamente dos gregos onde por exemplo foi mantida a religiosa politeísta. Assim Zeus tornou-se Júpiter, Dionísio tornou-se Baco e Afrodite tornou-se vênus dentre outros. A literatura, pinturas e esculturas tinham influência helenística, e os anfiteatros como o Coliseu em Roma e tantos outros eram palcos para o teatro, as festas e os jogos. As termas ou banho público era o local de encontro e discussão sobre a vida política e intelectual. As leis também foram amplamente discutidas pelos romanos que criaram os direitos naturais, o direito dos povos e o direito civil. O latim era a língua oficial do império e deu origem há várias línguas atuais como o italiano, o francês e o português e ainda hoje é a língua oficial falada no Reino do Vaticano, sede da Igreja Católica Apostólica Romana.
Retomada do conteúdo: Videoaula As Grandes Civilizações: O Império Romano:
Avisos: Fechamento do 2º bimestre:

Alunos que farão RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA:
1ª série D: 03, 13, 15, 23, 34, 38, 39, 40 e 49.
1ª série E: 17, 20, 52, 54, 56, 58, 60 e 61.
Estudar o mesmo conteúdo da prova bimestral (as civilizações orientais: Hebreus, Pérsia e Fenícios).
Avaliação: 12/06/2019
Exercícios sobre a Grécia Antiga
Opção 1 - imprima e cole as questões no caderno, após responda os exercícios propostos.
Opção 2 - Copie as questões e responda no seu caderno.
1. Pesquise o significado das expressões a seguir, ainda muito utilizadas e ligadas à mitologia grega. Depois, elabore uma frase com cada uma delas:
a) calcanhar de Aquiles;
b) presente de grego;
c) agradar a gregos e troianos.
2. Interprete a frase a seguir, atribuída ao legislador ateniense Sólon, que viveu há cerca de 2.500 anos: "Leis são como teias de aranha: boas para capturar mosquitos, mas os insetos maiores rompem sua trama e escapam".
a) Em sua opinião, a mesma metáfora poderia ser aplicada às sociedades contemporâneas, como a do Brasil? Justifique.
b) Quais seriam as consequências para um país quando os "insetos maiores" escapam?
c) Elabore ou pesquise uma charge para ilustrar a frase de Sólon.
3. Na Grécia Antiga, havia muitos meios pelos quais os conhecimentos eram difundidos, como as assembleias políticas em Atenas e, principalmente, o teatro. Reflita sobre o tema e responda às questões.
a) Atualmente, a quais meios de difusão do conhecimento você tem mais acesso? Explique as características de cada um.
b) Desses meios, quais são aqueles que, na sua opinião, mais contribuem para a formação da cidadania?
c) Você participa de algum meio de difusão do conhecimento, por exemplo, alguma rede social na internet? Comente.
4. É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a força, a riqueza, [...] [os muito ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos magistrados [...]. Ao contrário, aqueles que vivem em extrema penúria desses benefícios tornam-se demasiados humildes e rasteiros. Disso resulta que uns, incapazes de mandar, só sabem mostrar uma obediência servil e que outros, incapazes de se submeter a qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma autoridade despótica (Aristóteles sobre a Política).
Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades gregas, o bom exercício do poder político pressupõe:
a) o confronto social entre ricos e pobres. b) a coragem e a bondade dos cidadãos. c) uma eficiente organização militar do Estado. d) um pequeno número de habitantes na cidade.
5. Na Grécia Antiga a invasão dos dórios provocou: a) A
primeira Diáspora.
b) A formação da burguesia grega.
c) A invasão dos macedônios
d) A cultura helenística.
6. As cidades-estados, base da organização política que caracterizou o povo
grego, ... a) mantinham uma política comum aos povos antigos.
b) eram politicamente autônomas, ou seja, independentes.
c) possuíam princípios religiosos antagônicos.
d) possuíam uma organização econômica solidária.
7. A Guerra do Peloponeso era um conflito entre duas
cidades Estado e suas respectivas aliadas, que cidades foram essas? a) Atenas
e Tebas.
b) Atenas e Olímpia.
c) Corinto e Tebas.
d) Esparta e Atenas.
Aula 11 - A Grécia Antiga (Hélade)

1. Localização Geográfica: De um
modo geral, o relevo das penínsulas e ilhas é montanhoso, entremeado de
pequenas e férteis planícies isoladas umas das outras. Na Antiguidade, as
montanhas eram recobertas de florestas e o litoral, muito recortado, favoreceu
a navegação e as comunicações através do mar. Por outro lado, as
características do relevo continental estimularam o isolamento e a autonomia
das cidades gregas.
2. Periodização da história grega:
Período Pré-Homérico (Creto-Micênico): (Séc. XX a XII a.C.), Período de povoamento da Grécia antiga (mitológico); Período Homérico: (1100 e 800 a.C.), período que teriam sido criados os poemas Ilíada e Odisseia, atribuídos ao poeta Homero; Período Arcaico: (800 a 500 a.C.) caracterizado pela formação da cidade-estado grega, a pólis; Período Clássico: (entre V e IV a.C.) período no qual as cidades gregas atingiram o seu apogeu cultural, e consolidando a cidade-estado como forma de organização política; Período Helenístico: (336 a 146 a.C.) decadência da pólis grega que caiu sob o domínio macedônico e posteriormente romano.

3. Período Pré-Homérico: Em Creta havia os minoicos e os povos que se fixaram na região dos Balcãs foram os Aqueus, Jônios e Eólios que deram origem à civilização micênica, quando já havia na região os povos Pelasgos de origem desconhecida. Os aqueanos evoluíram muito graças a seus contatos com a civilização cretense e controlaram o mediterrâneo oriental. A Guerra de Tróia, possivelmente ocorreu entre 1300a.C. e 1200 a.C., onde os gregos enfrentaram a cidade de Tróia que controlava o estreito de Bósforo, narrada pelo poeta Homero na clássica obra A Ilíada e a Odisséia. A narrativa retrata as aventuras do Herói grego Ulisses (ou Odisseu) e a famosa vitória grega com o Cavalo de Tróia, o presente de grego. Após a destruição de Tróia chegaram os Dórios entre 1200 a.C. e 1100 a.C. que eram nômades, guerreiros e já conheciam o ferro. Estes destruíram todas as cidades do centro norte causando a Primeira Diáspora Grega para a Ásia menor onde fundaram Mileto, Éfeso e Halicarnasso.

4. Período Homérico: A organização social estava funcionava com pequenas comunidades de base familiar chamadas Genos, a economia era agrária e autossuficiente A sociedade era liderada pelo Pater, que administrava todas as funções no Genos. Nesta época ocorreu a Segunda Diáspora Grega devido ao aumento populacional das Comunidades o que deu origem a um processo de colonização com a apoikia (colônias gregas por várias regiões).

5. Período Arcaico: Começou em 776 a.C., ano da realização dos primeiros Jogos Olímpicos com a afirmação da pólis (cidade-estado) e da apoikia (colônia).Dentre as diversas pólis podemos destacar a pólis Esparta: Localizada na península do Peloponeso, com origem Dória, antes habitada pelos Aqueus. Na educação valorizava a formação física na formação do soldado e poder político oligárquico. Já a pólis Atenas: formada por descendentes dos Jônios que escaparam das invasões dóricas contava com um porto natural (o Pireu) que permitiu um desenvolvimento comercial e uma economia escravista, primeiramente agrícola, e posteriormente comercial. As Reformas Jurídicas ocorreram com Drácon (624 a.C.) que registrou um escrito de leis onde a pena seria a morte. Sólon (591 a.C.) eliminou a escravidão por dívidas, criou a Bulé com representantes de todas as regiões da pólis, a Eclésia, uma assembleia popular que aprovava as leis da Bulé e o Helieu que era um Tribunal de Justiça. Psístrato promoveu um golpe impondo uma tirania e governou entre 546 e 527 a.C. Seus filhos Hiparco e Hipias também governaram até que Clístenes chegou ao poder e implantou a democracia (onde a política era um direito dos cidadãos, o que excluía mulheres, escravos e estrangeiros). Péricles pôde governar entre 463 - 431 a.C. já com uma Atenas forte politicamente.

6. Período Clássico: foi o apogeu grego onde enfrentaram e venceram a guerra contra os persas. Após vencer os inimigos uma série de guerras civis enfraqueceram os gregos permitindo que estes fossem invadidos pela Macedônia. Principais Guerras:
GUERRAS MÉDICAS. 1° Batalha de Maratona (setembro de 490 a.C.) pois Esparta e Atenas não aceitaram um acordo com o Império Persa e o Imperador Persa, Dario I enviou 50 mil soldados para a região de Maratona. Os gregos com 11 mil soldados e uma posição do Relevo vantajosa venceram a batalha e um soldado mensageiro correu 42 km para informar o resultado da guerra, assim surgiu a corrida de Maratona. Após 11 anos temos o segundo conflito em 479 a.C. onde o imperador Xerxes retomou as ações contra os gregos com um exército pelo norte com 300 mil homens e mil navios pelo sul. Os persas enfrentam forças espartanas nos desfiladeiros de Termopilas (combate onde o general Leônidas morreu ao lado de seus 300 homens, porém atrasou os persas a tempo dos gregos se organizarem na Liga de Delos para o conflito). Os Persas ocuparam Atenas já evacuada, mas, por fim, os Gregos massacram a frota persa na Batalha de Salamina onde Xerxes e seus generais bateram em retirada.
GUERRA DO PELOPONESO: Os gregos uniram-se na Liga de Delos (477 a.C.) liderados por Atenas, onde pagavam tributos para financiar um poderoso exército (aliança militar que derrotou os persas) mas, com o fim da guerra contra os persas em 448 a.C. Atenas exigiu que as cidades-membros da liga continuassem pagando os tributos e o dinheiro foi usado na reconstrução de Atenas como por exemplo no Paternon. Em represaria, surgiu uma nova liga, a Liga do Peloponeso liderada por Esparta. Houve então a Guerra do Peloponeso em 404 a.C.com a vitória de Esparta que se tornou a mais poderosa cidade grega. Em 371 a.C. a cidade de Tebas entrou na luta pela hegemonia e por fim, a Grécia estava com suas pólis arruinadas pela guerra civil.

7. Período Helenístico: Em 338 a.C. Felipe II da Macedônia conquistou a Grécia. Alexandre, O Grande (Educado por Aristóteles, assimilou valores da cultura grega e governou entre 334 a 323 a.C.) deu continuidade a expansão do Império Macedônico desde a Macedônia até a Índia. Após sua morte aos 33 anos, o reino foi dividido por seus quatro generais, e por fim foi dominado pelos romanos. Porém a obra de Alexandre permaneceu em muitos aspectos da cultura grega que se fundiu com as culturas orientais locais, dando origem à cultura helenísticaou helenismo.
A Religião e a Mitologia

A religião foi um dos principais elementos de vínculo cultural entre os gregos. Entre suas características, podemos citar o politeísmo, isto é, o culto a vários deuses e o antropomorfismo (do grego antropo = homem; morfismo = referente à forma), pois os deuses gregos eram representados com forma e comportamento semelhantes aos dos seres humanos. Além dos deuses, os gregos também reverenciavam os heróis, que eram semideuses, isto é, filhos de um deus imortal com uma pessoa mortal. A religião grega não tinha normas (dogmas) estabelecidas em um único livro sagrado. Seus princípios foram transmitidos pela tradição oral. Havia cultos públicos às divindades, geralmente conduzidos por sacerdotes, nos quais orações e sacrifícios de animais eram elementos importantes para se obter benefícios e proteção dos deuses. As famílias gregas também prestavam culto privado aos espíritos dos antepassados. Os gregos acreditavam que os deuses comunicavam-se com os seres humanos de diversas maneiras, por exemplo, o óraculo, resposta dada por um deus sobre determinada consulta por meio de sacerdotes capazes de transmitir a mensagem.
Retomada do conteúdo: Videoaula As Grandes Civilizações: A Grécia Antiga:
Exercícios sobre os povos orientais.
Opção 1 - imprima e cole as questões no caderno, após responda os exercícios propostos.
Opção 2 - Copie as questões e responda no seu caderno.
Exercícios sobre os povos orientais: Persas, hebreus e fenícios
1. Eram navegantes e mercadores - comercializavam perfumes, incenso, vidros -, transportavam e negociavam vinhos, madeiras etc. Essas características podem ser associadas a qual dos povos orientais estudados?
a) Fenícios. b) Egípcios. c) Mesopotâmicos. d) Persas.
2. Seu império era dividido em satrapias e destacava-se entre os povos do Oriente Próximo, principalmente por sua política expansionista. Essas características podem ser as sociadas a qual dos povos orientais estudados?
a) Mesopotâmicos. b) Egípcios. c) Persas. d) Fenícios.
3. Data de 1948 a criação do Estado de Israel, pela Organização das Nações Unidas, atendendo a reivindicações históricas ligadas à diáspora judaica. Essa consideração pode ser associada a qual povo da Antiguidade?
a) Persas. b) Fenícios. c) Hebreus. d) Egípcios.
4. A seguir você encontrará uma listagem de conceitos e termos para pesquisar a respeito dos temas que estamos estudando. Defina em seus caderno todos os termos estudados:
Sobre os hebreus:
Patriarcas:
Monoteísmo:
Diáspora:
judaísmo:
Sobre os Fenícios:
Questão geográfica:
Causa do desenvolvimento das técnicas de navegação e comércio:
Como era o comércio e quais os principais produtos comercializados:
Sobre os Persas:
O Império Persa em seu explendor dominou quais povos:
Satrapias:
Servidão coletiva:
Dualismo religioso:
Olhos e ouvidos do rei:
Trabalho do 2º bimestre: A Paródia

O que é uma paródia?
Paródia consiste na recriação de uma obra já existente, a partir de um ponto de vista predominantemente cômico.
Tipo de paródia solicitada: musical.
Além da comédia, a paródia também pode transmitir um teor crítico, irônico ou satírico sobre a obra parodiada, através de alterações no texto da obra.
Os alunos deverão formar grupos e em comum acordo escolherem uma música sobre a qual será produzida a paródia.
Etapa 1 - Criação da letra da paródia.
Etapa 2 - Apresentação do grupo.
Tema da paródia: O monoteísmo ético e sua influência na atualidade.
Data da apresentação: 29/05/2019.
- Entrega da letra original da música e letra da paródia (digitada e impressa em papel sulfite). Nota = 5 pontos.
- Apresentação da paródia (por um representante, dupla ou grupo). Nota = 5 pontos.
Aulas 9 e 10 - Civilizações Orientais: Fenícios, Hebreus e Persas

A cultura dos hebreus, dos fenícios e dos persas desperta o interesse de diversos pesquisadores. Os hebreus, por exemplo, desenvolveram o judaísmo, uma religião que tinha como um de seus fundamentos a existência de um Deus único. Os fenícios foram hábeis marinheiros e contribuíram para a criação do alfabeto. Já os persas construíram um dos maiores impérios do Mundo Antigo. Como o legado de cada um desses povos se apresenta na atualidade?
Os Hebreus e sua Religião

Os hebreus se destacam por terem sido o primeiro povo a adotar o monoteísmo ético, religião que prega a existência de um só Deus e que exige um comportamento ético das pessoas, ou seja, que ajam de maneira correta e justa. Tal atuação é fundamento presente na religião de mais de 2 bilhões de pessoas atualmente, como judeus, muçulmanos e cristãos. Muitas das informações de que dispomos sobre o povo hebreu são provenientes da Bíblia, mais especificamente do Antigo Testamento. No texto sagrado para cristãos e judeus, dados históricos misturam-se com relatos míticos e religiosos. Estudos linguísticos, arqueológicos e textos não bíblicos dialogam com essas representações bíblicas. Inicialmente, os hebreus habitavam a cidade de Ur, no sul da Mesopotâmia.
Divisão Política: O Período dos Patriarcas

Seu primeiro grande líder teria sido Abraão, considerado seu primeiro patriarca (chefe de clã). Abraão pregava uma nova religião, monoteísta. O Deus único, Javé (também chamado Iahweh ou Jeová), teria prometido a ele e seus descendentes uma terra onde "jorraria leite e mel". A promessa teria levado Abraão a conduzir os hebreus até a Palestina, região do atual território de Israel, também conhecida como Canaã. Lá, os hebreus se estabeleceram por volta de 2000 a.C., após derrotarem os habitantes locais, os cananeus. Segundo a Bíblia, Abraão foi sucedido pelos patriarcas Isaac e Jacó, e dos herdeiros deste último descenderam os grupos familiares originais, chamados de "as 12 tribos de Israel". Segundo o relato bíblico, crescentes dificuldades econômicas fizeram com que muitos hebreus migrassem para o Egito. A princípio, essa ocupação foi pacífica, mas, posteriormente, eles foram escravizados pelos Egípcios. Séculos depois, eles fugiram do Egito sob a liderança do profeta Moisés. Durante a fuga, conhecida como Êxodo, Deus teria ditado a Moisés os Dez Mandamentos, um conjunto de leis que foi registrado em duas pedras.
Divisão Política: O Período dos Juízes

Após 40 anos de jornada pelo deserto, os hebreus chegaram à Palestina, já sob a liderança de Josué. Na época do Êxodo, os hebreus estavam organizados em tribos lideradas pelos juízes, chefes militares com atribuições religiosas. Ao chegar à Palestina, eles conquistaram a cidade de Jericó e venceram os filisteus, povo que ocupava o litoral da região.
Divisão Política: O Período dos Reis

Por volta de 1010 a.C., ocorreu a unificação das tribos sob a liderança de Saul (c. 1095 a.C. - 1004 a.C.), que se tornou o primeiro rei dos hebreus. Davi (c. 1040 a.C.-970 a.C.), sucessor de Saul, lançou as bases para a formação de um Estado hebraico efetivo, com governo centralizado, exército permanente e organização burocrática. Jerusalém tornou-se capital do reino de Israel. Sob o comando de Salomão, filho de Davi, o Estado hebraico atingiu seu apogeu, com grande desenvolvimento comercial. Para os cultos foi construído um grande templo dedicado a Jeová: o Templo de Jerusalém (conhecido como Templo de Salomão). Entretanto, o Estado unificado não sobreviveu à morte de Salomão.
A Divisão do Reino e sua Queda

Logo surgiram disputas pela sucessão, que resultaram na divisão dos hebreus em dois reinos: o de Israel, com capital em Samaria, e o de Judá, com capital em Jerusalém. A consequência imediata da divisão foi a invasão estrangeira, inicialmente pelos assírios e mais tarde, no século VI a.C., por Nabucodonosor, rei da Babilônia. Depois de saquear Jerusalém e destruir o Templo de Salomão, Nabucodonosor escravizou um grande número de hebreus e levou-os para a Mesopotâmia. Em 539 a.C., porém, os persas, chefiados por Ciro, o Grande, conquistaram a Babilônia e libertaram os hebreus escravizados, que puderam então retornar à Palestina. Os últimos invasores da Palestina na Antiguidade foram os macedônios e, a seguir, os romanos. A resistência à ocupação romana, em 70 d.C., foi reprimida brutalmente. Jerusalém foi destruída e os hebreus se dispersaram por outras regiões. Esse movimento, conhecido como diáspora, se estendeu por centenas de anos até a criação do estado de Israel.
A criação do Estado de Israel
Foi apenas em 1948, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que nasceu o Estado de Israel como o conhecemos hoje em dia. Desde então, milhares de judeus (como os hebreus ficaram conhecidos) de todas as partes do mundo têm migrado para lá. A criação do Estado de Israel, no entanto, foi precedida e acompanhada de lutas para a expulsão do povo palestino, que habitava a região. Desde então, foram os palestinos que passaram a lutar pelo retorno às suas terras e pela criação de um Estado independente.

O Fenícios

A Fenícia situava-se no norte da Palestina, onde se localiza atualmente o Líbano. Foi ocupada antes de 3000 a.C. por povos semitas que, além de desenvolverem a agricultura, destacaram-se no comércio marítimo. Também desenvolveram o artesanato e a produção de tecidos e de corantes. Os fenícios estavam organizados em cidades-Estado, como Biblos, Sidon e Tiro. Em seu apogeu, eles chegaram a estabelecer rotas comerciais por todo o Mediterrâneo e foram até o litoral Atlântico do norte da África. Instalaram povoados e cidades em várias regiões no Mediterrâneo, verdadeiros entrepostos comerciais, como a cidade de Cartago, no norte da África. Ao mesmo tempo, deram contribuições originais à humanidade. A principal delas foi a criação de um alfabeto fonético simplificado, composto de 22 letras, que, incorporado pelos gregos e romanos, serviu de base para o alfabeto ocidental atual. Os fenícios cultuavam vários deuses, ou seja, eram politeístas. Os mais importantes eram Baal, associado ao Sol, e Astarteia, simbolizada pela Lua e que representa a fecundidade.
Os Persas

Apesar da pobreza do solo, o planalto iraniano foi ocupado desde o sexto milênio antes da Era Cristã. Por volta de 2000 a.C. a região recebeu grandes levas de populações indo-europeias. Nela, a leste do rio Tigre, se formaria outra civilização, que chegaria a dominar a própria Fenícia, o Egito e a Mesopotâmia. Essa civilização - a Pérsia - eria responsável por um dos maiores impérios do mundo antigo. Ciro (c. 580 a.C.-530 a.C.), o Grande, rei persa, unificou o território e submeteu os povos vizinhos, os medos. Em sua expansão, os persas ocuparam a Mesopotâmia, a Palestina e a Fenícia e chegaram ao Egito, à Ásia Menor (no Ocidente) e à Índia (no Oriente). Ciro, o principal conquistador, foi bastante hábil ao se aliar às elites locais dos territórios conquistados, em vez de simplesmente submetê-las ao seu domínio. Desse modo, garantiu relativa estabilidade a um vasto império. Seu filho e sucessor, Cambises (?-522 a.C.), conquistou o Egito, após a vitória na Batalha de Pelusa (525 a.C.). O período de maior florescimento persa ocorreu no reinado de Dario I (550 a.C.-484 a.C.). Durante seu governo, que durou de 524 a.C. a 484 a.C., dividiu o império em províncias, as satrapias. Encarregados de cobrar os impostos, os sátrapas (governadores) eram fiscalizados por inspetores oficiais, conhecidos como "olhos e ouvidos do rei". Dario mandou construir estradas que ligavam os principais centros urbanos do império (Susa, Pasárgada, Persépolis), criou um eficiente sistema de correios, para maior controle das províncias, e implantou uma unidade monetária chamada dárico. No Império Persa, assim como entre outros povos da Antiguidade oriental, a população prestava serviços obrigatórios ao Estado, em regime de servidão coletiva. O poder do imperador era garantido por seu numeroso exército, mantido com propósitos expansionistas. A existência desse exército, porém, não impediu o fracasso dos ataques à Grécia comandados por Dario I e seu sucessor, Xerxes I (519 a.C.-465 a.C.). Durante quase todo o século V a.C., gregos e persas se enfrentaram em conflitos que se tornaram conhecidos como Guerras Médicas - nome que faz referência ao povo medo, da Pérsia - ou Guerras Greco-Pérsicas. Em seu expansionismo, os persas haviam dominado as cidades gregas da Anatólia, na atual Turquia, o que prejudicou o comércio da Grécia com o Oriente. Os gregos lutavam pela independência dessas cidades. Apesar de ter incorporado muitos conhecimentos de outros povos, como a escrita cuneiforme, de origem mesopotâmica, a cultura persa teve características próprias. Sua religião era basicamente dualista, fundada na crença em duas divindades antagônicas principais: Ormuz-Mazda, deus do bem, da luz e do mundo espiritual, e Arimã, deus do mal e das trevas. O imperador seria o representante do bem na Terra, o que mostra o forte vínculo da religião com as estruturas de poder. A religiosidade popular, entretanto, distinguia-se da oficial. Incluía várias divindades, muitas delas adotadas no contato com outros povos. Em geral, os persas também admitiam a vida após a morte e o advento de um Messias à Terra, um salvador que, assim como na religião judaica, libertaria os justos. Os princípios dessa religião, chamada de zoroastrismo, estavam no livro sagrado Zend-Avesta, que teria sido escrito por um personagem lendário: Zoroastro, também denominado Zaratustra.
Exercícios sobre as Sociedades Hidráulicas: Mesopotâmia e Antigo Egito.

Opção 1 - imprima e cole as questões no caderno, após responda os exercícios propostos.
Opção 2 - Copie as questões e responda no seu caderno.
1. A partir das aulas e estudos realizados, elabore um pequeno texto explicando os fatores que levaram à transição das sociedades pré-históricas para as civilizações do Oriente Próximo.
2. Observe, no mapa a seguir, as áreas que compunham o Crescente Fértil. Por que a região recebeu essa denominação?

3. A quais dos grupos a seguir podemos atribuir o caráter de sociedades hidráulicas?
a) Árabes e japoneses. b) Europeus e japoneses. c) Africanos e europeus. d) Egípcios e mesopotâmicos.
4. As cidades que se desenvolveram na Baixa Mesopotâmia enfrentaram um grande número de dificuldades - não puderam praticar a agricultura de chuva e seu povoamento dependia de rios que entravam em vazantes nas épocas do ano propícias à semeadura. As cheias fertilizavam, mas ocorriam em épocas do ano em que os cereais já estavam desenvolvidos, apresentando grande risco de levar à perda total da cultura. Em relação à urbanização das cidades da Baixa Mesopotâmia, com base nesse excerto, pode-se deduzir que:
a) as cheias traziam períodos de dificuldades consideráveis para os ambientes urbanos, mas eram atenuadas no período de estiagem. b) nos períodos de cheia, a agricultura de chuva não era praticável na região, cujo povoamento dependia dos rios. c) diante da necessidade de reservas de água para os períodos de seca, para irrigação, e de barragens, diques e drenagens para os períodos de cheia, muitas cidades se desenvolveram. d) as cheias e as secas eram muito importantes para o desenvolvimento urbano.
5. Acerca do surgimento da agricultura, pode-se afirmar que:
a) desenvolveu-se, principalmente, em regiões do Oriente Próximo. b) sucedeu o aparecimento da escrita. c) ocorreu, sobretudo, durante o Paleolítico. d) era uma atividade desenvolvida juntamente com a caça e a pesca durante o Paleolítico.
6. Com base nas informações estudadas em sala de aula sobre os regimes de cheia, analise a frase de Heródoto: "O Egito é uma dádiva do Nilo". A frase de Heródoto está correta?
7. Em relação aos egípcios e mesopotâmicos, é comum afirmar que não dissociavam política, economia e religião. Por quê?
8. Estabeleça relações de semelhança e diferença entre os povos egípcios e mesopotâmicos.
9. Das características a seguir, quais podem ser atribuídas, conjuntamente, às civilizações egípcia e mesopotâmica?
a) Criação de pirâmides, esfinges e desenvolvimento do Estado.
b) Atividades hidráulicas, criação de sistemas de escrita e urbanização.
c) Criação de templos e desenvolvimento da linguagem hieroglífica.
d) Monoteísmo, nomadismo e servidão coletiva.
Avisos sobre o fechamento do 1º bimestre:

Alunos que farão RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA:
1ª série D: 05, 10, 15, 34, 36, 39 e 40.
1ª série E: 17, 18 e 27.
Conteúdo: Todos os conteúdos do 1º bimestre: O que é a história, a cronologia histórica, o surgimento humano, a pré-história, a evolução do gênero homo e o povoamento da América.
Alunos que devem entregar trabalhos de COMPENSAÇÃO DE FALTAS:
1ª série D: 15.
1ª série E: 17.
Os alunos deverão copiar os conteúdos do site (somente a parte escrita) na folha de almaço e entregar no dia 10/04/2019.
Conteúdo: o surgimento humano, a pré-história, a evolução do gênero homo e o povoamento da América.
AULA 8 -
AS SOCIEDADES HIDRÁULICAS:
O ANTIGO EGITO.

A sociedade do Egito Antigo desenvolveu-se no norte da África, às margens de um dos maiores rios do planeta, o Nilo. Segundo diversas pesquisas arqueológicas, essa região teria sido habitada por hominídeos desde o Paleolítico. Na época das cheias, as águas do Nilo inundavam suas margens, depositando no solo grande quantidade do hoemus acumulado em seu leito. Quando o rio retornava ao nível normal, o solo inundado estava fertilizado por essa matéria orgânica, o que favorecia o crescimento das plantas e, portanto, a atividade agrícola. Com as inundações periódicas do Nilo, o vale onde se concentrava a população do Egito Antigo costuma ser comparado a uma espécie de oásis.

O historiador grego Heródoto (imagem ao lado), que visitou o Egito no século V a.C., chamou-o de uma "dádiva do Nilo", isto é, um presente do Nilo. Essa célebre frase pode passar a impressão de que, na existência da sociedade egípcia, os atributos da natureza foram mais importantes que o trabalho dos egípcios.
No entanto, como apontam alguns historiadores, é preciso pensar que "trabalho e organização foram os ingredientes principais da civilização egípcia. O rio, em si, ao mesmo tempo em que fertilizava, inundava". Assim, uma inundação muito pequena era insuficiente para o cultivo agrícola, o que provocava escassez de alimentos. Já uma inundação muito grande causava destruições, o que levou os egípcios a erguer diques e barragens para proteger vilas e casas das inundações mais violentas. Foi com o desenvolvimento desse sistema que os egípcios dominaram, em certa medida, as águas do Nilo e, assim, conseguiram plantar e obter colheitas abundantes. Isso mostra que o desenvolvimento da civilização egípcia não se explica somente em função dos fatores naturais. Esse desenvolvimento é fruto da interação do ambiente natural com o trabalho humano dos camponeses.
Desde 5000 a.C., o Egito era habitado por povos que viviam em clãs, que desenvolveram a agricultura, o comércio e a metalurgia dando origem a dois reinos: O Alto Egito e o Baixo Egito.

Baixo Egito - situado ao norte, na região mais próxima ao mar Mediterrâneo, onde o rio Nilo forma um grande delta, de terras muito férteis; Seu rei usava uma coroa vermelha.
Alto Egito - situado ao sul do delta, a partir da cidade de Mênfis, onde as terras férteis constituíam uma estreita faixa ao longo do rio. Nas áreas não atingidas pelas enchentes, o solo era árido e seu rei usava uma coroa branca. Por volta de 3100 a.C., os governantes do Alto Egito conquistaram o Baixo Egito. Os dois reinos passaram a ser comandados por um rei: o faraó. Segundo a tradição, Menés teria fundado a primeira dinastia de faraós. Os primeiros faraós usavam uma coroa dupla vermelha e branca, simbolizando que eram reis do Alto e do Baixo Egito. A unificação tornou o faraó o senhor da grande Casa do Egito Antigo, exercendo uma monarquia teocrática, onde o faraó era ao mesmo tempo um deus e imperador do seu povo. Após a unificação, no decorrer de mais de 3 mil anos de história registrada (de cerca de 3100 a.C. até 30 a.C.), o Egito alternou períodos de centralização e descentralização do poder político nas mãos dos faraós. Esses períodos são classificados como três tipos de impérios:
Antigo Império (cerca de 2600-2040 a.C.) - a capital do país era Mênfis; houve forte centralização política com os faraós e a montagem de uma eficiente estrutura administrativa; foram construídas grandes pirâmides, como as dos faraós Quéops Quéfren e Miquerinos (IV dinastia). Por volta de 2150-2040 a.C., os faraós perderam poder para os governantes das províncias. O final desse período foi marcado por descentralização do poder, revoltas sociais e instabilidade política.

Médio Império (cerca de 2040-1550 a.C.) - representantes da nobreza de Tebas conseguiram reprimir as revoltas locais dos governantes das províncias; os faraós recuperaram e centralizaram o poder. Esse período caracterizou-se por estabilidade política e prosperidade econômica. Por volta de 1750 a.C., a região norte do país foi invadida pelos hicsos (povo de origem asiática), que estabeleceram capital em Avaris. Os hicsos detinham tecnologia militar superior à dos egípcios: utilizavam o cavalo em carros de combate, armas de bronze e permaneceram quase dois séculos no Egito.
Novo Império (cerca de 1550-1070 a.C.) - a nobreza de Tebas conseguiu, novamente, restaurar a unidade política do Egito, expulsando os hicsos. Época de apogeu econômico, refinamento artístico e grande expansão militar do Egito, principalmente sob o governo de Aminofis IV, que oficializou o culto monoteísta no Egito. A única divindade a ser adorada seria o deus Aton, comumente simbolizado pela figura do círculo solar. Visando legitimar sua ação, Amenófis IV também mudou seu nome para Akhenaton ("aquele que adora a Aton") e realizou a construção da cidade de Akhetaton ("horizonte do disco solar"), então transformada em capital de todo o Império Egípcio. Akhenaton foi pai de Tutankhmon, o faraó menino. No final desse período houve uma série de problemas: revoltas, perdas territoriais, más colheitas e fome.

O faraó monoteísta Akhenaton, a rainha Nefertite e seu filho Tutankhamon.

A Queda do Egito: No final do Novo Império, depois do século XII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por diferentes povos. Historiadores indicam, por exemplo, que em 713 a.C. o Egito foi unido ao Reino de Cuxe. Por quase um século, os reis cuxitas (os chamados faraós negros) governaram de maneira unificada a Núbia e o Egito. Posteriormente, em 670 a.C., chegaram os assírios, que dominaram o território egípcio por oito anos. Após se libertarem dos assírios, os egípcios iniciaram uma fase de recuperação econômica e cultural, conhecida como Renascimento Saíta, por ter sido impulsionada pelos soberanos da cidade de Sais. Contudo, a prosperidade não foi duradoura, e, em 525 a.C., o Egito foi conquistado pelos persas. Quase dois séculos depois, foi a vez dos macedônios, comandados por Alexandre Magno (O Grande), que chegaram e derrotaram os persas. Finalmente, em 30 a.C., o Egito foi dominado pelos romanos, que derrotaram a faraó Cleópatra (imagem do busto ao lado), encerrando a civilização egípcia da maneira como era conhecida até então. Hoje, nesta região existe um novo Egito habitado principalmente pelos povos árabes.
A sociedade egípcia era formada por camadas sociais sobrepostas de maneira fixa e hereditária. No topo da pirâmide estava o faraó, logo abaixo estavam os sacerdotes, nobres e escribas, abaixo estavam os trabalhadores compostos pelos camponeses e os artesãos e por fim havia os escravos.

Os egípcios eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses como o faraó, o rio Nilo, Rá (deus sol), Osíris (deus do reino dos mortos), Isis e Hórus. Os egípcios também acreditavam na vida pós morte, onde seriam jugados no reino de Osíris e poderiam retornar ao mundo dos vivos se fossem absolvidos, por isso, o seu corpo precisava ser conservados e por isso desenvolveu-se a mumificação.

A produção artística egípcia era influenciada pela religião com a construção de várias pirâmides onde eram sepultadas as múmias dos faraós e membros de sua família junto com seus tesouros. Na região de Gizé, ainda hoje estão as pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, consideradas exemplos de beleza e solidez. Nas artes plásticas, como escultura e pintura, além dos temas religiosos retratando divindades, havia também muitas representações do cotidiano, como cenas de colheita, pesca, pastoreio, navegação, e prática de artesanato. Um detalhe importante é que quanto mais importante fosse a pessoa, maior seria o tamanho da sua imagem.

Os egípcios desenvolveram um dos primeiros sistemas de escrita. Criaram sinais figurativos (pictogramas) para representar coisas e objetos, e sinais que sugeriam ideias (ideogramas). Posteriormente, criaram sinais (letras) que representavam sons (fonogramas). A escrita egípcia começou a ser decifrada somente no século XIX. Em 1799, soldados franceses que invadiram o Egito, comandados por Napoleão Bonaparte, em busca dos tesouros do faraó e encontraram perto da cidade de Roseta um pedaço de pedra negra, que ficou conhecido como Pedra de Roseta. Nela, havia três tipos de inscrições: em grego, em escrita egípcia sagrada (hieróglifo) e em escrita egípcia simplificada e mais popular (demótico). Comparados ao grego por Champolion foram decifrados o demótico e os hieróglifos. A esta ciência que estuda os egípcios foi dado o nome de egiptologia.

Os Hieróglifos
Os egípcios também se destacaram nas
ciências como na química onde
diversos remédios foram desenvolvidos. Na matemática onde desenvolveu-se
a álgebra, a geometria, a padronização dos pesos e medidas e o sistema de
contagem. Na astronomia os egípcios fizeram vários mapas do céu
agrupando estrelas e constelações. Na medicina fundada por Inhotep, o
sábio, além da mumificação os egípcios se especializaram em várias partes do
corpo humano como os olhos, a cabeça e os dentes que foram detalhados nas
folhas de papiro, seu suporte de escrita.
AULA 7 -
AS SOCIEDADES HIDRÁULICAS: A MESOPOTÂMIA.

Civilização Hidráulica é um termo que faz referência às civilizações que surgiram principalmente na Mesopotâmia às margens do Tigre e Eufrates e no Antigo Egito, nas margens do rio Nilo, em uma região conhecida como crescente fértil. O conceito de Civilização Hidráulica foi expandido e, hoje, não está mais restrito às civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Essa mesma noção de grande dependência dos rios e sua notória influência na vida da comunidade é utilizada também para explicar duas outras grandes sociedades que se organizaram em torno de rios: a China e a Índia. No primeiro caso, os chineses organizaram a vida social e econômica em torno dos rios Amarelo e Yang-Tsé. Já a Índia se estruturou com base nos rios Indo e Ganges.
A Mesopotâmia

Quando as pessoas se tornaram sedentárias, devido a revolução neolítica, passaram a habitar uma região entre os rios Tigre e Eufrates e, por isso, essa região recebeu o nome de Mesopotâmia que em grego significa terra entre rios (a palavra meso significa meio e a palavra potamus significa rios na língua grega). Dentre os vários povos que habitaram esta região podemos destacar os povos sumérios que construíram várias cidades como Ur, Nippur e Lagash protegidas com grandes muralhas. Os sumérios inventaram a primeira forma de escrita: A escrita cuneiforme onde como instrumento da escrita era usado uma pequena haste de madeira chamada cunha (cuneo em latim) e escreviam em blocos de argila, seu suporte de escrita, após a escrita colocavam os blocos de argila no forno para secar.

Os sumérios também foram os primeiros homens a usarem as rodas para o transporte, o que os ajudou a chegarem a terras distantes e a desenvolverem o comércio com outros povos. Os sumérios também criaram o sistema sexagesimal de contagem usando os dedos da mão e suas falanges. Outros povos importantes foram os caldeus, acadios, amoritas, assírios, caldeus e babilônicos.

O rei Sargão da Acádia, conhecido como o invasor, formou o primeiro império da humanidade, ou seja, um rei que domina dois ou vários povos. O seu império se desfez após sua morte devido a inúmeras guerras pelo poder.

Um outro povo importante da mesopotâmia foram os Amoritas que formaram o Primeiro Império Babilônico e tiveram um importante rei chamado Hamurabi por volta de 1750 a.C., Hamurabi criou um dos primeiros conjuntos de leis escritas e gravou suas 282 leis em uma grande pedra de basalto que continha sua imagem recebendo as leis do deus Shamash (sol), veja imagem abaixo. Era o Código de Hamurabi baseado no principio de talião, ou seja, olho por olho e dente por dente (o castigo seria correspondente ao crime cometido, porém havia algumas exceções para os homens mais poderosos de seu império).

Os Assírios no ano 1000 a.C. também dominaram toda a região chegando até o Egito com seus incríveis carros de guerra e armas de ferro muito mais resistentes que as armas de bronze usadas até então. Foram derrotados pela união entre o povo caldeu e o povo medo que venceram o poderoso exército assírio e ocupando a sua capital: Nínive.

Sob o domínio do povo Caldeu surgiu o Segundo Império Babilônico que dominou outros povos como o povo hebreu que perdeu todos os seus tesouros. A Babilônia tornou-se uma cidade esplendorosa e continha uma das sete maravilhas do mundo antigo: os jardins suspensos da babilônia, construídos pelo rei Nabucodonosor II para a sua esposa Amitis em 600 a.C. Após sofrer algumas revoltas, esse império foi dominado pelo povo persa em 539 a.C. comandados por Ciro, o Grande.

Os primeiros povos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, exceto o povo hebreu que era monoteísta, ou seja, acreditava na existência de um único Deus, e na mesopotâmia os diversos deuses eram adorados em locais chamados Zigurate, um tipo de pirâmide. Os babilônicos também estudavam a astronomia e acreditavam que os planetas eram deuses e com base em seus estudos criaram a semana composta por sete dias. A história mais importante dos babilônicos é a Epopeia de Gilgamesh, um rei, filho de um deus com uma semideusa que viveu neste mundo em busca da imortalidade. Entre os povos mesopotâmicos havia o poder patriarcal, ou seja, sempre era um homem que estava no poder e sua sociedade era composta pelo rei; abaixo dele vinham os sacerdotes, nobres e militares; abaixo destes os comerciantes, os escribas e os artesãos e por fim havia os camponeses e os escravos.

A economia era baseada na agricultura, pecuária, artesanato e no comércio. Segundo a mitologia babilônica o homem foi criado pelo deus inventivo Enki para trabalharem no lugar dos deuses e assim garantirem alimentos tanto para os deuses como para os seus representantes na terra: o rei e o sacerdote.
Aviso:

Final do conteúdo do 1º bimestre
(acima conteúdo do 2º bimestre).
Avaliação do 1º bimestre

Data: 20/03/2019;
Temas que serão avaliados:
O que é a história?; A cronologia histórica; O surgimento humano; A pré-história; O gênero homo; O povoamento da América e do Brasil.
AULA 6 - O Povoamento da América

Segundo a ciência, acredita-se que o ser humano surgiu na África, e de lá partiu para povoar a Ásia e a Europa (O chamado Velho Mundo). Más, como foi a chegada do ser humano no chamado Novo Mundo? Três teorias buscam explicar como e quando se deu o povoamento da América:
- Teoria do Povoamento pelo Estreito de Bering;
- Teoria Malaio-Polinésia;
- Teoria da dupla origem.
Hipótese asiática - segundo essa hipótese, os primeiros grupos de povoadores vieram do nordeste da Ásia, pelo atual estreito de Bering, que separa os atuais Sibéria (Rússia) e Alasca (Estados Unidos). Isso teria ocorrido durante a última glaciação, quando o nível das águas do mar baixou e formou-se uma ponte de terra e gelo entre a Ásia e a América do Norte. Posteriormente, com o aumento da temperatura do planeta, o nível das águas do mar voltou a subir, e essa passagem teria se desfeito.
Hipótese malaio-polinésia - outra hipótese é a de que os primeiros homens e mulheres teriam chegado à América navegando pelo oceano Pacífico, vindos das ilhas da Oceania.
Hipótese da dupla origem - esta hipótese defende que a chegada dos sapiens à América se deu por migrações vindas, em diferentes momentos, por ambos os caminhos.

O Povoamento do Brasil

A ocupação do território brasileiro, por sua vez, teria se dado por três principais rotas migratórias. Elas seriam comprovadas pelos inúmeros sítios arqueológicos que atestam a antiguidade do povoamento em nosso território. A primeira rota foi do litoral da Colômbia e Venezuela em direção à Amazônia; a segunda rota pelos Andes; e a terceira rota pelo litoral, vindos do Caribe em direção ao nordeste brasileiro.
"[...] A interpretação do amplo contexto arqueológico do Brasil [...] nos permite sugerir que houve três etapas de ocupação humana do território. A primeira etapa, ainda muito pouco conhecida, teria sido feita pelas populações paleoíndias que predominavam em grande parte do Brasil até 12 mil AP. A segunda etapa iniciou-se com a colonização mongoloide, feita a partir do noroeste da América do Sul, que se espalhou mais rapidamente pelo litoral sul-americano, representada pelas populações sambaquieiras, a partir de 10-9 mil AP, e mais lentamente pelo interior, classificadas sob diversos rótulos pelos arqueólogos (tradição Itaparica, tradição Itaipu...). Seus equipamentos líticos e a forma das aldeias que formaram no interior possuem mais semelhanças com os produzidos pelos paleoíndios do que com os mongoloides posteriores, fato que levou os pesquisadores a interpretarem os registros materiais como produto de um único tipo de população, mas os dados não são suficientes para um posicionamento a esse respeito. A terceira etapa teve origem com os povos mongoloides que originalmente se fixaram na Amazônia e criaram a agricultura, a cerâmica e novos padrões demográficos e culturais de economia e organização social, a partir de 10-9 mil AP. Esses povos eram semelhantes em termos físicos aos da segunda etapa, porém, produziram uma cultura material muito distinta, em razão do crescimento demográfico, da modificação das formas das aldeias, do acréscimo da cerâmica a partir de 7 mil AP e de novos equipamentos líticos, como o ralador, o pilão e o machado polido, entre outros [...]." (FUNARI, Pedro Paulo; NOELLI, Francisco Silva. Pré-história do Brasil. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2009. p. 63-64).
Retomada do conteúdo com o professor Hilário Xavier do canal Tudo é História.
AULA 5 - A Evolução do Gênero Homo

O que sabemos sobre os primeiros tempos da humanidade vem dos fósseis e objetos encontrados nas escavações paleontológicas, as quais ganharam maior impulso a partir do fim do século XIX. Os estudos dos vestígios encontrados nessas escavações originam análises e teorias que serão confirmadas, aprimoradas ou rejeitadas por descobertas e interpretações posteriores. Por meio desses vestígios, é possível analisar as organizações sociais, as interferências humanas no meio ambiente e as concepções das primeiras sociedades.
Entre 7 milhões e 4,4 milhões de anos atrás viviam os mais antigos seres bípedes de que se tem notícia. Estudiosos afirmam que esses seres tinham características físicas e hábitos semelhantes aos dos chimpanzés: trepavam em árvores para fugir, coletavam frutos e sementes e não andavam sempre sobre os dois pés. Dentre os poucos fósseis encontrados dessa época, destacam-se os das espécies Sahelanthropus tchadensis e Ardipithecus ramidus.
Algumas espécies datadas de aproximadamente 4,4 milhões a 2 milhões de anos atrás tinham postura ereta, andavam sobre dois pés, e se comparados com as espécies anteriores tinham cérebros maiores e dentes menores. Essas características os diferenciam dos macacos. Vestígios indicam que algumas espécies podem ter usado pedras lascadas para remover carnes e tendões de ossadas de animais, para se alimentarem. Entre as várias espécies, destacam-se o Australopithecus afarensis e o Autralopithecus africanus.
Diversas espécies que viveram entre 2,7 milhões e 1,2 milhão de anos atrás eram semelhantes às do gênero Australopithecus, mas se distinguiam pela dentição e pelas mandíbulas, que indicam a capacidade de se alimentarem de raízes e folhas mais duras, típicas de ambientes com menos chuva. Fazem parte desse gênero as espécies Paranthropus robustus e Paranthropus boisei.
No gênero homo reúnem-se as espécies em que os braços e as pernas têm dimensões parecidas com as dos humanos modernos, indicando que a prática de trepar em árvores já não era adotada com frequência. Os vestígios mais antigos são de espécies de 2,4 milhões de anos atrás. São desse grupo as primeiras espécies que fabricaram ferramentas (Homo habilis) e as que se deslocaram para outros continentes (Homo erectus, Homo Neandertalis e Homo sapiens). Em 2015, na África do Sul, foram descobertos esqueletos de cerca de quinze indivíduos de uma possível nova espécie ancestral de ser humano desse mesmo grupo denominada Homo naledi.

Trabalho do 1º bimestre

Redação Dissertativa
Tema: O Surgimento do Ser Humano;
Data de entrega: 13/03/2019;
Critérios de avaliação: Texto argumentativo (apresentação, argumentação e conclusão), ortografia, título, escrito em 3ª pessoa, 20 a 25 linhas, manuscrito em folha de almaço.
AULA 4 - A Pré-História

A pré-história é o primeiro período histórico da humanidade e pode ser definida como o período da história humana que antecede o surgimento da escrita por volta de 4.000 a. C. - 3.500 a. C.. Para muitos historiadores, esse conceito criado no século XIX, é impreciso ou errôneo pois, na prática não há uma anterioridade à história e sim uma anterioridade à escrita, e os primeiros seres humanos já produziam cultura, transformavam o ambiente com suas ações humana e portanto possuem sua história.
As Características da Pré-História
Devido às mudanças ocorridas durante o período da pré-história podemos dividí-la em três idades diferentes: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.
O Paleolítico, termo de origem grega que significa pedra antiga, também é conhecido como a Idade da Pedra Lascada, que se iniciou há aproximadamente 2,7 milhões de anos e se estendeu até 10.000 anos a.C.. Nesta idade os primeiros agrupamentos humanos viviam em bandos e empregavam grande parte do seu tempo em busca de alimentos que eram extraídos da natureza através da coleta de vegetais, caça e pesca de animais com instrumentos feitos de pedras lascadas, ossos e madeiras. Justamente por viverem em busca de alimentos, nesse período o ser humano era nômade, ou seja, não possuía moradia fixa. Durante o paleolítico ocorreu também a divisão natural do trabalho onde os homens se tornaram responsáveis pela fabricação de ferramentas, pela construção de tendas e pela caça e pesca. As mulheres ficaram encarregadas de coletar grãos, folhas, frutos, raízes, ovos, mel e insetos. Elas exerciam ainda várias atividades artesanais. Idosos e crianças também ajudavam, conforme suas forças permitissem. Podemos conhecer muitos aspectos da vida cotidiana das comunidades paleolíticas por meio das pinturas e gravações encontradas nas paredes de cavernas e em rochas a céu aberto - as pinturas rupestres. Outros aspectos importantes foram a descoberta e controle do fogo.


Pinturas rupestres
O Neolítico, termo de origem grega que significa pedra nova, também é conhecido como a Idade da Pedra Polida, que se iniciou há aproximadamente 10.000 anos a. C. e se estendeu até 4.000 anos a.C.. Nesta idade os agrupamentos humanos de forma lenta e gradual criaram a chamada Revolução neolítica (domínio do plantio e da colheita denominada agricultura e domesticação dos animais denominada pecuária) com instrumentos aperfeiçoados feitos com pedras polidas. Justamente por não precisarem mais viver em busca de alimentos, nesse período o ser humano tornou-se sedentário, ou seja, passou a possuir moradia fixa nas proximidades dos rios. Além disso, foi no Neolítico que os seres humanos aprimoraram o arco e a flecha e utilizaram largamente o domínio do fogo para cozinhar, espantar animais, iluminar as moradias e se aquecer.

Revolução Neolítica
A Idade dos Metais, última idade da pré-história, é denominada pelo domínio dos metais que já ocorria por volta de 4.000 anos a.C.. Conforme ocorreu o aumento populacional e a maior produção de alimentos com a revolução neolítica tornou-se necessário a utilização de instrumentos mais resistentes ao trabalho, o que levou o ser humano a dominar os metais. A necessidade de garantir a defesa e a produção em áreas relativamente extensas, habitadas por várias aldeias ou grupos familiares (as tribos), levou a humanidade à Revolução Urbana, ou seja, às origens das primeiras cidades (Jericó e Satal-Ayuti) e a organização dos primeiros Estados na região da Mesopotâmia.


Fabricação de objetos de metais.
AULA 3 - O Surgimento Humano

Existem três áreas do conhecimento que buscam explicações para o surgimento humano a religião, a mitologia e a ciência.
A religião é uma palavra que no original latino significa religação e pode ser definida como o conjunto de crenças de uma pessoa.
A mitologia é a ciência que estuda os mitos dos primeiros povos. Os mitos são narrativas dos primeiros povos, originalmente de transmissão oral, o que não permite provarmos sua veracidade.
A ciência é uma palavra que significa saber e pode ser definida como o conjunto de conhecimentos teóricos e práticos baseados naquilo que é verdadeiro.
O Criacionismo X O Evolucionismo
Existem diversa teorias criacionistas, ou seja, que afirmam que o ser humano é uma criatura, ou seja, possui um criador ou vários criadores. Essas teorias são discorridas nas áreas da religião e da mitologia. Já as teorias evolucionistas afirmam que o ser humano não foi criado e sim, que é o resultado de um processo natural de evolução das espécies. Essas teorias abrangem o campo da ciência.
A Religião e o Criacionismo

Segundo a religião judaíca-cristã narrada na bíblia, mais especificamente no livro do Gênesis, escrito por Moisés, existe um ser superior único chamado de Deus. Este ser é considerado superior por possuir atributos inerentes como a onisciência, a onipotência e a perfeição.
Segundo a narrativa do livro do Gênesis, o homem foi criado do pó da terra à imagem e semelhança de Deus, ou seja, o homem possui características do próprio Deus como a vontade, a racionalidade e suas vontades. Essas características permitem ao homem relacionar-se com o próprio Criador e louvá-lo por reconhecer que Deus é bom para com ele e com toda a criação. Portanto, o ser humano foi criado para ter um relacionamento de intimidade com Deus e amá-lo espontaneamente por reconhecer aquilo que Ele é.
Charge:

A Mitologia e o Criacionismo
Existem mitos dos mais diversos povos que tentam explicar o surgimento humano: babilônicos, egípcios, chineses, gregos e nórdicos e outros povos possuem essa característica.

A Mitologia Nórdica
A mitologia nórdica, também conhecida como mitologia escandinava ou viking, é composta pelo conjunto de lendas, crenças e religião dos povos escandinavos antigos (que habitaram a região da Península da Escandinávia no norte da Europa). Os principais mitos nórdicos são originários, portanto, dos reinos vikings. Apesar dos gregos terem a sua mitologia mais difundida entre os povos, a mitologia nórdica tem ganhado grande destaque em nossos dias devido ao sucesso de filmes da Marvel Comics como Thor e Os Vingadores e de séries de televisão como Os Vikings.
A história dos humanos, contada em poemas pelos nórdicos na coleção de livros Edas, relatam que os primeiros seres humanos foram feitos de madeira e ganharam vida graças a Odin que também lhes concedeu a alma e receberam o nome de Ask (o primeiro homem) e Embla (a primeira mulher), mas Odin achou que faltava algo nos humanos, seu irmão Ve resolveu contribuir e deu os sentidos, a fala e a fisionomia, Vili também quis contribuir e deu o dom das emoções e da razão (pensamento). Desde então o homem habita Midgard, a terra dos homens.
A Ciência e o Evolucionismo

Existem diversa teorias científicas dentre as quais a mais conhecida é o evolucionismo. O Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam. O principal cientista ligado ao evolucionismo foi o inglês Charles Darwin (1809-1882), que publicou, em 1859, a obra comumente conhecida como A Origem das Espécies. Sua teoria, também chamada de Darwinismo, afirma que o homem é o resultado de um processo de evolução das espécies através da seleção natural, ou seja, evoluir é mudar biologicamente (e não necessariamente se tornar melhor), e as mudanças geralmente ocorrem para que exista uma adaptação das espécies ao meio ambiente em que vivem. No que se refere à evolução de homens e mulheres, o evolucionismo indica que nós temos um ancestral comum com algumas espécies de macacos, como o chimpanzé. Pesquisas recentes de decodificação do genoma indicam uma semelhança de 98% entre os genes de seres humanos e chimpanzés. Porém, isso não quer dizer que o homem descende do macaco. Indica apenas que temos um ancestral em comum que deu origem a duas novas espécies: o homem e o macaco.
Charge:

A Ciência e o Lamarckismo
O Lamarckismo é uma teoria desenvolvida pelo biólogo francês Jean-Baptiste Lamark no começo do século XIX. Esta teoria tem como objetivo principal explicar a evolução das espécies. Lamarck publicou sua teoria no ano de 1809, no livro "Filosofia Zoológica", sendo que ela foi de grande importância para as Ciências Biológicas, pois serviu de base para o trabalho de Charles Darwin. As duas afirmações de Lamarck são:
Lei do uso e desuso: um órgão do corpo humano se desenvolve cada vez mais na medida em que é mais usado. Por outro lado, por atrofiar e até desaparecer caso seja pouco utilizado.
Lei da transmissão hereditária dos caracteres adquiridos: Esta lei complementa a primeira. De acordo com Lamarck, as características adquiridas por uma espécie, em função do uso e desuso dos órgãos, são transmitidas de geração para geração, ou seja, hereditariamente. As mudanças no meio ambiente são indutoras das transformações nos órgãos dos animais.
Exemplo da teoria de Lamarck:

Obs: Veja abaixo o vídeo Lamarck x Darwin (e Mendel).
AULA 2 - A Cronologia Histórica

Esta é uma cronologia da história da humanidade, que visa a relacionar os principais eventos ocorridos com o ser humano, desde seu surgimento até os nossos dias.
Períodos principais: a pré-história e a história
Idades da pré-história: paleolítico, neolítico e metais.
Idades da história: antiga, média, moderna e contemporânea.
Principais acontecimentos: surgimento humano, surgimento da escrita e os nossos dias.
AULA 1 - O que é a história?

O que é a história?
A história é a ciência que estuda as ações do ser humano no decorrer do tempo.
Qual o objetivo da história?
O objetivo da história é a partir do estudo das ações do ser humano com suas mudanças e permanências proporcionar a possibilidade de uma vida melhor no futuro de cada indivíduo (ser humano).
Normas:
As normas ou acordo pedagógico entre professores e alunos visam garantir os direitos e deveres de todos os envolvidos no processo de aprendizado.
Respeito (ao professor, as demais alunos e demais funcionários da escola. Peço a todos que evitem o uso de vocabulário chulo e agressivo durante as aulas);
Estudo (o aluno deve cumprir com seus deveres ao desenvolver as atividades propostas em sala de aula e as atividades propostas para serem realizadas em casa);
Organização (traga o material proposto da disciplina de história sempre nas quartas-feiras, mantenha a organização e a limpeza do nosso ambiente escolar;
Silêncio: O silêncio e a concentração nas aulas durante as explicações são vitais para a boa prática pedagógica. Não esqueça: O barulho é inimigo da sua aprendizagem!
Boas aulas à todos os alunos!